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Quem é viva sempre aparece, agora que a escola tá acabando, vou ter tempo de postar! Tenho vários capítulos guardados, então pode ser que essa semana eu poste mais algum! Aproveitem a leitura e obrigada pelos 200K <3

— JOSH BEAUCHAMP

Nossas vidas são baseadas em conquistas, a partir do momento que a criança nasce e até o dia de sua morte, o ser humano só quer conquistar e conquistar, não importa oque, sempre queremos mais e precisamos de mais, talvez seja nossa natureza. Porém, existem outros casos, aqueles que a pessoa não precisa fazer nada para conquistar nada na vida, é só nascer em uma família boa e como mágica, um futuro brilhante está ao seu dispor, ou não.

Quando eu era pequeno, me lembro de nunca me preocupar com nada, nem mesmo com presentes que natal, sabia que sempre ganharia o brinquedo mais novo e de última geração, sabia que as viagens de final de ano seriam as melhores, sempre soube que minha vida, era a melhor dentro do meu círculo de amigos do colégio e olha que estou me referindo a filhos de doutores, donos de lojas e coisas do tipo, não importava oque fizessem, eu sempre estava um passo à frente. No colégio foi assim, na faculdade e no trabalho, minha vida toda, milhares de pessoas estavam ajoelhadas aos meus pés e me adoravam, mesmo que nem 2% dessas pessoas, tivessem visto meu rosto.

Só que então não era mais suficiente, era tão cômodo, tão chato, nenhuma emoção. Por isso, quando meu melhor amigo, fodido na vida, me falou sobre tudo aquilo, por que não iria? Não tinha nada a perder.

No início era diversão, estávamos ganhando nosso dinheiro rápido e fácil, depois as coisas foram ficando sérias, oque antes era só dois garotos, tinha se tornado vinte pela cidade, os números iam aumentando e a seriedade da coisa também e quando me dei conta, tínhamos criado a porra de um império indestrutível, que ninguém ousaria tocar ou derrubar, eu estava no topo do mundo e sabia que tinha qualquer um em minhas mãos. Um pequeno detalhe nisso tudo, é que quanto mais você ganha, mais você perde. E num estalar de dedos, todo dinheiro, todo poder, aquele império inabalável, se tornam nada comparado ao que você perde.

Nem mil vidas iguais a essa, nem toda a riqueza do mundo, seriam capaz de tirar de mim o fardo que carregava todos os dias pela desgraça da minha família, pela perda deles.

Sentado agora no escritório, tínhamos acabado de fazer uma reunião, decidindo e arquitetando um novo plano para pegar quem tinha tentado me matar no Cassino, tínhamos suspeitas mas nenhuma era certa, afinal, os The Wolf, tinha uma longa lista de inimigos pelo mundo todo e isso, tornava toda nossa investigação mais difícil.

A porta se abre, fazendo com que meus olhos se levantem e veja minha irmã, no caso, minha recém descoberta irmã. Ainda era estranho para mim essa relação com Savannah, estava acostumado a me preocupar só com Sofya depois de tudo que aconteceu, mas agora eu tinha outra sangue do meu sangue para cuidar. Savannah tinha 17 anos, um ano mais nova que Sofya, quando descobri sobre ela, tudo veio a minha cabeça como uma memória perdida. Me lembro que quando tinha oito anos, que era somente eu e Jonah, mamãe tinha ido viajar por um tempo, ela ficou na casa da praia e lembro que questionar meu pai o porquê e nunca ter uma resposta. Fomos ver ela no final daquele verão, lembro de ser apresentado para a filha da nossa governanta, uma bebê tão linda, nunca iria imaginar que era na verdade, minha irmã. Era novo demais para esse tipo de coisa.

A garota se aproxima, senta na cadeira ao meu lado e em um ato quase inédito, deita a cabeça em meu ombro, Savannah não era de demonstrar carinho e mesmo que tenhamos a abraçado, as vezes sentia que ela ficava com receio de se aproximar por inteiro.

Mr. Beauchamp Onde histórias criam vida. Descubra agora