Mr. Beauchamp

091 + aviso

Vi alguns comentários sobre a autora da história e com a volta repentina de Mr.Beauchamp, achei justo explicar oque aconteceu!

Esse perfil não pertence mais a Juli, sei que muitos a conhecem mas ela realmente abandonou a história em 2022 e em uma conversa com ela, ela aceitou me passar a conta e deixar que eu continuasse.

Meu nome é Mah e eu tô muito feliz pela oportunidade! Essa é a primeira história grande que eu pego para escrever, a uns anos atrás eu até tentei mas não deu muito certo rsrs mas enfim, a Juli me deu a oportunidade de continuar e eu decidi que sim!!

Não mudei o nome porque vocês todos já conhecem o perfil e a história desse perfil. Mas assim que Mr. Beauchamp for concluído, eu irei trocar o nome e seguir com minhas próprias histórias. Enfim, aproveitem o capítulo da reta final dessa saga, beijos!

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O endereço escrito no papel me levava ao geto de Los Angeles, um lugar afastado e sujo, quase abandonado, oque não mostravam nos noticiários. Na rua recebia olhares tortos e desconfiados, entretanto acho que minha cor me deixou passar por ali sem ser questionada. Paro diante da casa velha, era pequena, apenas um andar, janelas quebrada e um jardim na frente de plantas mortas, o portão estava aberto e mesmo me julgando inteiramente por estar ali, entrei, caminhando sem pressa até dentro da casa, onde haviam dois homens. Ambos eram altos e fortes, não mostravam mas dava para ver que estavam armados.

— Quem é você? -um deles pergunta, vindo até mim e nem perguntando por permissão antes de começar a me revistar.

— Recebi um bilhete para vim aqui, não sei quem era o rapaz. -só de falar isso em voz alta me fez regredir totalmente minha decisão de ir naquele lugar.

O homem ainda me revistava, enquanto o outro encarava a mim desconfiado.

— Não é seu lugar aqui moça, volta pra onde você veio e não volta mais. - sem me dando chances para responder, ele me empurra para fora da casa, fazendo isso até o portão.

Era o certo a se fazer.

Any Gabrielly, você só pode ser idiota, o que tinha na cabeça?! Estava mesmo entrando em um delírio mental. Eu lutei os últimos oito meses para conseguir me afastar de tudo aquilo, esquecê-lo e nunca mais voltar aquela vida que tive mas não, cá estava eu prestes a jogar tudo fora, por conta de um pedaço de papel.

Com passos apressados comecei a andar até a estação que tinha vindo, era uma caminhada de vinte minutos e eu poderia pensar melhor sobre meus atos no caminho, porque estava sendo uma tola, maluca, insana, todas as coisas que eu poderia ser agora. Burra e egoista, ou como dizem, sem vergonha na cara, era isso que eu era.

— Ei! Presta atenção! -grito quando um carro passa rapidamente quase esbarrando em mim, me tirando dos meus pensamentos julgadores.

Olho para o veículo preto que parecia diminuir a velocidade. Motorista idiota, pensei. Giro nos tornozelos e volto a minha caminha, graças aos céus estava calçando um coturno, pois meus pés estariam mortos se estivesse de salto. Me afastava cada vez mais daquela comunidade quando o eco de uma voz, uma voz muito específica me fez parar de andar.

— Any!

Foi a única coisa que escutei. Meu nome naquela voz soava tão estranho e bonito ao mesmo tempo. Todos meus músculos se tensionaram ao escuta-la, minhas pernas tremiam um pouco e minha garganta ficou seca. Devia me virar ou seguir em frente? Ignorava mais uma vez ou voltava a estaca zero? Não conseguia me mover, não queria, não queria prosseguir nos meus passos mas não queria olhar para trás, a confusão me preenchia e tudo que fiz foi ficar ali, parada.