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Lana Olivia Matthews
Los Angeles, 2:45pm

— Entra no carro. — Corbyn abaixou o vidro e parou o veículo em minha frente. Eu estava esperando um Uber perto do colégio, já que o grupo de francês tinha terminado.

— É o que? — franzi o cenho, sem entender nada.

— Entra logo no carro! — Corbyn disparou impaciente. Que garoto estranho. Soltei um longo suspiro e dei a volta, logo entrando no carro.

— O que tá rolando? — encarei o moreno que abriu um sorriso malicioso. — O que você fazendo Corbyn Besson?

— Levando minha namorada para passear. — o moreno deu de ombros e eu arregalei os olhos.

— Namorada? Sou sua namorada? — soltei uma risada sem jeito e percebi as bochechas de Corbyn corarem.

— Não foi o que eu quis dizer... Só quis dizer... Dizer que estamos indo passear. — ele resmungou e segurou com força no volante.

— Ok, Besson. — debochei e coloquei a mão em seu cabelo, fazendo carinho ali enquanto ele dirigia.

Durante o trajeto, Corbyn resmungava a música junto com o rádio. Eu estava concentrada em observar para onde ele estava me levando.

— Estamos indo para a praia? — o encarei preocupada e ele deixou uma risada escapar. — É sério, eu não tenho roupa de banho.

— Relaxa, Lana... Confia em mim. — seu sorriso estava mais malicioso que nunca.

Enquanto ele dirigia, observei-o. A forma com que suas mãos seguravam o volante e como aquele óculos de sol caía bem em seu rosto. E, naquele momento, me dei conta de que, dali três meses, Corbyn não estaria mais em Los Angeles. Estaria em Oxford ou em Yale. Meio segundo pensando naquilo e meu coração apertou como se tivessem arrancado algo de mim.

Corbyn estacionou o carro e todos os meus pensamentos se afastaram. Encarei a rua aonde estávamos por alguns segundos e logo voltei meu olhar para o moreno.

— Venice? — soltei uma risada fraca. — Aqui tem muita gente estranha.

— Essa é a graça. Pessoas estranhas, culturas diferentes. Você vai ter um dia ótimo, eu te prometo. — Corbyn desceu do carro e eu fiz o mesmo.

O garoto puxou minha mão e começamos a andar lado à lado pela calçada beira-mar. Venice Beach era o lugar aonde os turistas sempre passavam, justamente por ter esse ar excêntrico e cheio de pessoas de várias culturas.

— Você já decidiu pra qual faculdade vai? — perguntei durante nossa caminhada.

— Yale. — Corbyn respondeu seco. — Queria Oxford, mas preciso ir pra Yale.

— Você não precisa, Corbyn. Você não é seu pai.

— E você, já decidiu se vai na festa ou se vai pra Cambridge? — ele desviou o assunto.

— Na festa.

— Você não precisa, Lana. Você tem sua própria vida. — ele revidou, debochando da minha frase de alguns minutos antes.

— Só quero que você seja feliz. — acariciei sua mão que estava junto à minha. — Você merece ser feliz.

— Tenho até o fim do mês pra escolher. Quem sabe alguma coisa muda. — o garoto deu de ombros e eu sorri fraco.

— Aquilo é um tiro ao alvo? — falei, animada, tirando todo o foco da nossa conversa e apontando para uma barraquinha de jogos. — Corbyn, eu quero aquele urso.

— Você vai me fazer gastar dez dólares pra tentar pegar aquele urso? — ele franziu o cenho e eu fiz beicinho. — Eu te odeio Lana.

— E eu te a... — falei mas logo fechei a boca. — Vai logo, quero meu urso. — engoli seco e sorri fraco. Corbyn mordiscou o lábio inferior e concordou com a cabeça.

Merda. Era tão difícil dizer que amava ele. Na verdade, eu não sabia se o amava. Eu realmente estava num momento delicado e admitir para mim mesma que amava Corbyn, era uma situação difícil. Por mais que eu tentasse, ele continuava sendo parte das regras que eu prometi não quebrar e eu me sentia culpada por isso.

Corbyn estava concentrado no jogo enquanto eu voava em meus pensamentos. Acho que foi exatamente naquele momento, quando ele estava com parte da língua para fora e apertando os lábios um contra o outro que eu me dei conta do quão apaixonada eu estava. Eu faria qualquer coisa por aquele garoto.

— CONSEGUI! — ele gritou e eu pisquei várias vezes, assustada. — Os dez dólares mais bem gastos da minha vida. — o moreno falou enquanto pegava o urso da barraquinha. — Pra você, amor.

— Vou chamar ele de Corbyn, em sua homenagem. — falei debochada e puxei o urso dele.

— Obrigado, mas não precisa. Chama de Ben, esse vai ser nosso filho. — Corbyn entrelaçou nossos dedos e voltamos a caminhar por ali.

Por mais algumas horas, jogamos nas barraquinhas, passeamos, comemos muita besteira. Quando o sol começou a se pôr e o vento frio bateu contra nossa pele, decidimos que era hora de voltar para casa.

Com as janelas abertas e Bruno Mars tocando no último, me dei conta que a dúvida que eu tinha sobre amar ou não Corbyn tinha sido cessada. Eu amava aquele garoto mais do que eu podia imaginar.

O que tínhamos era mais do que uma paixão. Era conexão de verdade. O que sentíamos estando um ao lado do outro era inexplicável. Cada toque, cada palavra, cada pequeno gesto eram as provas de que eu e ele éramos feitos um para o outro.

Corbyn Besson era o cara que eu amava.

i got the rules ✩ corbyn besson.Onde histórias criam vida. Descubra agora