i got the rules ✩ corbyn besson.

021.

Corbyn Matthew Besson.
Los Angeles, 9:35pm

Meus pés estavam na água. A piscina não estava tão gelada quanto eu pensei que estaria. Em meu violão, tocava alguns acordes que saíram na minha mente naquele momento.

— So love me for who I am and for who I'm gonna be... — cantei, quase que resmungando. — Ain't got everything you want, but got everything you need...

— Aqui estou eu. — a voz de Lana. Ergui meu olhar para a garota, a qual já estava de pijama. Mordisquei o lábio inferior e olhei para o meu lado, quase que a convidando para se sentar ali. — O que você quer? — ela falou, ríspida, e se sentou. Soltei um longo suspiro e coloquei o violão de lado.

— Aquele dia que eu te chamei de Luna... Ela tinha acabado de voltar e eu estava assustado. — falei. Lana mantinha o olhar na piscina, sem dizer nada. — Ela me assusta. Não porque eu gosto dela, mas sim porque ela é ruim. Eu conheço o suficiente pra saber que ela pode destruir qualquer um.

— Por que você tá falando isso pra mim?

— Porque quando ela descobrir o quanto você importa pra mim, ela vai querer te machucar. E a culpa disso é minha. — apertei meus dedos contra a palma de minha mão com força. — Não quero que ela te machuque, Lana.

— Eu tenho uma entrevista em Cambridge. — Lana falou e eu balancei a cabeça, assustado e chocado.

— Isso é ótimo? — falei, como se fosse óbvio. — Por que você não está feliz, saltitante, gritando?

— É no dia do aniversário da Ashley. — Lana encarou os próprios pés dentro da água e eu abri a boca, um pouco surpreso.

— E você sabe o que vai fazer? — que pergunta mais idiota, era óbvio que ela sabia. Ela precisava ir pra Londres o quanto antes.

— Não. — a cacheada suspirou. — É o aniversário da minha melhor amiga... Mas também é uma chance única. O meu amigo de Stanford conseguiu um contato de Cambridge só pra me ajudar.

— Eu ainda não entendi o porque você não está fazendo suas malas e pegando o voo mais próximo. — falei e a morena riu nasalado.

— A minha amizade com sua irmã é uma das coisas que mais importam pra mim. Eu jamais poderia deixar ela nesse aniversário que ela tanto está esperando. — Lana mordeu o lábio inferior e percebi os seus olhos se enchendo de lágrimas. — Cruzes, por que isso é tão difícil? — a garota desviou o olhar e eu a escutei fungar.

— Lana... — pousei minha mão em cima da dela. Estávamos com ambas na borda da piscina. — Definitivamente esse não é nosso melhor momento... Mas, você sabe. Eu estou aqui, sempre.

— É, claro que está. — sua voz era irônica. Acabei por deixar meus olhos rolarem involuntariamente e soltei um longo suspiro. — Você vai voltar com a Luna, não vai?

— Que? — franzi o cenho. Lana voltou seu olhar para mim e eu engoli seco. — Eu nunca voltaria com ela.

— É... Eu imagino. — Lana resmungou e voltou a encarar seus próprios pés. — Acho que é melhor eu voltar para dentro.

— Espera. — segurei-a pelo pulso e ela me encarou, sem entender nada. Puxei o violão ao meu lado e limpei a garganta. — Meio que... Foi feita pra você. Ela não tá pronta, mas não consigo tirar essa melodia da cabeça... Igual acontece com você.