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Corbyn Matthew Besson.
Los Angeles, 4:35pm

Lana estava tirando a roupa que tinha ido para aula e eu estava estirado em sua cama. Fiquei observando-a e só consegui perceber o quão linda ela era. E, também, percebi que ela era a única que conseguia me deixar duro só trocando de roupa em minha frente.

— Lana. — falei, quebrando o silêncio, e ela me encarou. — Vai pra Cambridge.

Sua gargalhada foi tão alta que eu fiz uma careta. Lana me encarou e subiu na cama, logo se posicionando em cima de mim.

— Você ficou louco. — ela riu. — Duvido que o Lucas queira me receber agora e sábado é aniversário da sua irmã.

— E daí? — à encarei, sério. — Eu já te falei lá no começo. Eu acho um absurdo você perder essa oportunidade por conta da Ashley. Fora que ela nem está falando com você.

— Eu não sei... — Lana mordiscou o lábio inferior. — E meus pais?

— Sua mãe sabia da visita. Eu duvido que se você ligar pra ela, ela vai dizer não. — assenti e Lana encarou o telefone em cima da cama. — Liga pro Lucas... Se não quiser fazer por você, faz por mim. — coloquei a mão em cima da dela. — Eu só quero te ver feliz e quero que faça as coisas certas.

Lana pressionou os lábios um contra o outro e pegou o celular que estava na cômoda ao lado da cama. Sentei-me ao lado dela enquanto a cacheada fazia uma ligação.

— Lucas? É... Sou eu... Eu sei que as chances são mínimas e que é tarde demais... Mas você acha que ainda podem fazer aquela reunião comigo? Porque se puderem, eu pego um avião ainda hoje... — ela ficou em silêncio. Por alguns segundos, me senti nervoso por ela. — Sério? Meu Deus, Lucas. Muito obrigada. Eu tô saindo daqui em no máximo uma hora. Muito obrigada mesmo.

Com um sorriso grande, pulei da cama e a puxei junto. Abracei-a com toda a força que podia. Meu coração estava batendo mais alto e eu estava genuinamente feliz por Lana.

— Eu vou com você. — disparei e tirei o celular do bolso.

— Que? Não tem chance nenhuma. A sua irmã iria ficar super brava e... — ergui o olhar para Lana, que ficou em silêncio. — Quer saber? Então vamos. Vamos e é isso.

Nunca na minha vida eu tinha sido tão inconsequente. Lana ligou e avisou os próprios pais enquanto eu ainda estava ali. O responsável por comprar as passagens de última hora, fui eu.

Combinamos em nos encontrar no aeroporto dali meia hora, porque garanti que seria tempo o suficiente para que eu conseguisse arrumar minhas malas.

Em casa, literalmente, joguei tudo dentro de uma das minhas malas de viagem. Sinceramente? Eu não estava me importando com o que levaria ou deixaria de levar. Eu estava indo com Lana e, àquela altura do campeonato, nada mais me importava.

Desci as escadas correndo com o passaporte em uma mão e a mala batendo as rodinhas no tablado de madeira das escadas.

— Que barulheira é essa? — minha mãe saiu do escritório com uma careta. — Que mala é essa? E esse passaporte? O que está acontecendo?

— Eu tô indo pra Londres. — disparei e minha mãe piscou várias vezes. — Lana precisa ir para Cambridge e eu vou aproveitar para fazer minha inscrição em Oxford.

— Oxford? Lana? Londres? Mas e Yale? Como assim vocês vão viajar, pelo amor de Deus! — a loira não conseguia associar nada.

— Você lembra quando me disse que queria que eu fosse feliz? — ela assentiu com a cabeça. — Eu tô fazendo isso. Eu tô indo ser feliz. Eu não quero ir para Yale, mãe. Eu quero fazer faculdade em Londres. Quero ficar perto da Lana. É isso que eu quero e vocês não podem me proibir de ser feliz.

— Corbyn... Eu te entendo, você está querendo fazer uma prova de amor, mas o aniversário da sua irmã... — minha mãe começou a falar e eu soltei uma risada irônica.

— Você já percebeu como tudo vocês transformam sobre Ashley? — perguntei sério e passei a língua nos lábios. — Ashley não está nem olhando na minha cara. Ela não responde Lana, a única pessoa que ficou ao lado dela. Eu, sinceramente, espero que ela se foda. Eu não vou perder meu futuro por causa dela. — abri a porta e coloquei minha mala pra fora. — Talvez Jordan tenha razão em ter ido embora. Nessa casa, nada do que você quer importa se você não se chama Ashley.

O uber que me deixaria no aeroporto estava em frenre à minha casa. Sem delongas, deixei a parte de dentro da residência e caminhei até o carro com o passo apurado.

Aqueles dez minutos no carro pareceram uma eternidade. Eu lembro de quando eu via os filmes de romance e pensava "por que alguém seria idiota o suficiente para largar tudo do nada e simplesmente ir atrás de outra pessoa?". Agora, fazia sentido.

O amor estava nessas coisas. Eu sabia que aquela oportunidade era única para Lana e, também sabia, que eu não podia simplesmente deixar ela ir sozinha. Meu coração palpitava toda vez que eu pensava nela longe de mim. Se amar Lana era ser idiota então eu não me importava em ser o cara mais idiota do mundo.

Já no aeroporto, literalmente corri. As pessoas me olhavam assustadas, provavelmente tentando entender porque eu estava desesperado daquele jeito. Meu celular berrava, com chamadas e mensagens de meus pais. Eu estaga ignorando tudo aquilo e só correndo em busca do que me importava: Lana.

— Aqui. — ergui um braço, cansado, e parei em frente à ela. — Cheguei. — resmunguei com a respiração acelerada. Me agachei e coloquei minhas mãos nos joelhos, um pouco acelerado pela rapidez com que tinha chego até ali. A cacheada se agachou e colocou as mãos em meu rosto, fazendo com que nossos olhares ficassem conectados.

— Eu te amo. — Lana sussurrou. — Eu te amo muito.

Meu estômago embrulhou e eu só consegui abrir um sorriso. Porra, como eu era brega. Eu estava vivendo um romance clichê idiota como os que eu odiava.

— Eu te amo. — assenti e selei meus lábios no de Lana, num beijo rápido.

— Última chamada para o vôo 34 com destino à Londres.

— É o nosso? É, não é? — Lana começou a olhar a passagem em suas mãos e eu deixei um sorriso enorme escapar.

— Minha mãe vai me matar. — disparei e puxei a mão de Lana, indo em direção ao portão de embarque.

Meu estômago estava revirando, mas não de um jeito ruim. Lana estava com a palma das mãos molhadas de suor e a cacheada mordiscava o lábio inferior à cada segundo.

Dentro do avião, permanecemos de mãos dadas o tempo inteiro. Vez ou outra eu depositava beijinhos contra a pele da garota, arrancando um sorriso dela.

Eu estava louco de amor, literalmente.

i got the rules ✩ corbyn besson.Onde histórias criam vida. Descubra agora