019.

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Lana Olivia Matthews.
Los Angeles, 2:35pm.

— Então está praticamente tudo certo. — Ashley coloca sua prancheta na mesinha ao lado da espreguiçadeira. Estava tão calor naquela quinta-feira. — Praticamente oito dias até minha festa. — ela falou, seguido de um gritinho estridente. Ela estava tão animada, tudo precisava ser incrível.

— Finalmente! — falei enquanto passava protetor solar na minha barriga nua. — Seu vestido está pronto, né?

— Busco na segunda. — ela assentiu e eu concordei. — Que horas são?

— Duas e trinta e seis. — disse após olhar na tela do meu celular. O sol queimava minhas costas. Ele estava, literalmente, rachando.

— Corbyn não veio pra casa. — a Besson disparou e eu engoli seco. Só de ouvir aquele nome, meu corpo se ouriçava. Não tinha visto e muito menos falado com Corbyn desde Mount Rainier.

— Você sabe aonde ele foi? — perguntei, fingido desdém. A realidade era que eu estava preocupada e queria sim saber aonde esse garoto tinha se metido.

— Casa do Zach. — Ash murmurou. — Teve uma festa lá ontem à noite.

— É, eu soube. — mordisquei o lábio inferior, pensando no que Corbyn poderia ter feito naquela festa. — Ele deve ter dormido lá.

— Ele voltou a usar drogas. — Ashley disparou sem aviso. Que porra Corbyn estava fazendo? — Estou preocupada com ele. Não sei o que aconteceu, mas tem algo afetando ele até demais.

— Deve ser só uma fase. — respondo e engulo seco. Acho que a culpa tinha caído em cima de mim, já que meus ombros pareciam mais pesados agora.

Saber que, provavelmente, eu era o motivo de Corbyn estar assim – e, não, não é egocentrismo – me deixava atormentada. Ashley estava machucada por ver o irmão daquele jeito e a culpa era minha.

— Corbyn! — Ashley disparou e afastou meus pensamentos. Voltei meu olhar para a porta de vidro que ligava a cozinha e a área da piscina. Corbyn estava parado, vestido todo de preto. De longe, pude observar sua barba rala. Ele estava péssimo.

Ashley estava grudada no pescoço dele e ele mantinha as mãos na cintura da irmã. Aquele momento era emocional demais para eu ficar ali, observando. Ambos tinham perdido Jordan, não queriam perder a si mesmos.

Em silêncio e com passo calmo, saí da minha espreguiçadeira e atravessei pela borda da piscina. Entrei pela porta da lavanderia e saí na sala de jantar. Logo voltaria para lá, mas eles precisavam conversar a sós.

Minha atenção se direcionou para a mesa quando percebi algumas cartas jogadas ali. Dois grandes pacotes estavam ali. Um era de Yale e o outro de Oxford. Pelo tamanho, pareciam coisa boa e ambos estavam endereçados à Corbyn.

— O Besson é inteligente... — passei a mão por cima dos pacotes.

— É, eu sou. — a voz rouca de Corbyn invadiu o espaço e eu dei um pulo para longe da mesa. — Por favor, você pode ficar longe das minhas coisas? — o moreno disparou, impaciente. Soltei um grunhido misturado com um "desculpa" e ouvi o garoto bufar. Ele recolheu as cartas que estavam em seu nome e me encarou de cima à baixo. — Você pode vestir uma roupa? — ele desviou o olhar de mim e engoliu seco.

i got the rules ✩ corbyn besson.Onde histórias criam vida. Descubra agora