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CLARYSSA

Fui até eles e, para minha surpresa, minha mãe estava brincando com ela também.

— Oi — falei baixo e sentei no sofá.

— Oi! — sorriu a menina. — Tudo bem?

Minha cabeça não estava boa para conversa, então só confirmei com a cabeça com um sorrisinho.

— Aonde a senhorita foi? Posso saber? — meu pai perguntou, me olhando.

Ignorei ele e olhei para minha mãe.

— Vou tomar banho. Se quiser alguma coisa, me chama — levantei e saí.

Subi para o meu quarto e olhei meu celular por um segundo. Vi quatro mensagens do Jaden e, logo em seguida, outra com emojis de carinha brava.

Por que ele está bravo?

Abri as mensagens e vi ele me xingando de tudo quanto é nome.

"O que deu nesse garoto? Um surto?"

"Vira irresponsável agora, foi? Não sabia que fazia qualquer coisa na rua. Por isso não quis ficar comigo hoje, né? Não foi maltratada porque fui eu que cuidei de você."

Bloqueado.

Paciência zero para ele agora.

Tranquei a porta do quarto e fui para o banheiro. Liguei o chuveiro, tirei a roupa e entrei.

Apoiei a cabeça na parede, deixando a água bater nas minhas costas.

Geralmente, guardo esse meu humor para quando vou dormir, mas não dá.

Mil coisas vêm à cabeça agora.

Joguei a cabeça para trás e botei a mão no rosto, me controlando para não chorar.

O motivo, não sei, mas quero chorar.

Horas depois

— O que falei sobre a porta fechada? — meu pai entrou no quarto, me dando um susto.

— Sai do meu quarto — falei.

— Porta aberta.

Levantei da cadeira, o direcionei para fora do quarto e logo fechei a porta, trancando.

— Claryssa! — me chamou do lado de fora.

Peguei meu celular e fones, abri a janela e subi para o telhado.

A lua estava cheia e o céu estrelado. Sentei e botei os fones, deixando "Apocalypse" tocar.

Abracei meus joelhos e olhei para o céu.

Fiquei ali durante a madrugada toda. Quando olhei, já era de manhã. Liguei meu celular e abri a câmera. Minhas olheiras estavam mais fundas do que nunca.

Desci, coloquei meu uniforme, peguei minha mochila, escovei os dentes, penteei o cabelo, botei o tênis e, por fim, abri a porta.

Desci as escadas calmamente e fui até a cozinha. Minha mãe estava fazendo o café da manhã, e meu pai estava sentado à mesa com a Maya.

Ele me olhou e sorriu.

— Bom dia — disse sorrindo.

— Bom dia — fui até a geladeira, peguei um copo de suco e bebi tudo.

Fui até a pia e lavei uma maçã.

— Tchau.

— Até mais tarde — disse minha mãe, sorrindo.

A mulher me deu um beijo na bochecha, e eu saí.

Segui o caminho da escola. Hoje não estava quente, tinha uma brisa fria.

🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽Onde histórias criam vida. Descubra agora