🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽

+Eu não falo assim

CLARYSSA

(Semanas depois)

— Sua mãe esqueceu o distintivo em casa, pode levar pra ela? — meu pai entrou no quarto. 

— Agora?

— Ela precisa do distintivo pra trabalhar, né, meu bem? Então sim, agora. 

— Por que não vai você?

— Porque eu vou buscar sua irmã. — tacou o distintivo em mim. 

— Tá, eu vou me trocar rapidinho e já desço. 

Levantei, fui até o closet, troquei de roupa, desci e saí.

(Foto na mídia)

— Tá bonita — disse Reggie do lado da casa dele.

— Valeu — sorri.

Segui o caminho da delegacia, que não é tão longe.

Assim que cheguei, vi minha mãe parada ao lado do carro. Ela me viu e andou até mim.

— Graças a Deus — me abraçou e pegou o distintivo da minha mão.

— Por que não foi lá buscar? Devo ter perdido uns 20 quilos só nessa caminhada até aqui. 

— Estava ocupada, mas obrigada. — sorriu — Agora vai pra casa porque eu tenho um caso pra resolver.

— Me deixa ir junto — sorri.

— Óbvio — sorriu — que não... Vai pra casa agora.

— Grossa — ri — Te amo... tchauzinho. — saí.

— Também te amo — ela sorriu.

Voltei pra casa, entrei e fui pra sala.

Arranquei minhas roupas, ficando só de calcinha. 

Meu pai vai demorar, porque a Maya mora a duas cidades daqui.

Deitei no sofá de barriga pra baixo e liguei a TV no canal esportivo. 

Eu sei lá por quê, só gosto de esportes. 

A campainha tocou uma vez e eu levantei, tentando assimilar onde tinha tacado minhas roupas.

— Claryssa? Tô entrando — Vincent disse, entrando.

— Fecha os olhos! — falei me jogando atrás do sofá.

Meu corpo fez um barulho mais alto que minha alma gritando.

— Merda — falei, rindo.

— Você tá bem? — perguntou, rindo.

— Tô... Cadê a minha roupa? — falei baixo.

— Na escada, eu suponho.

— Taca aqui, fazendo favor — disse, mostrando só meu rosto.

— Tá bom — riu e foi até a escada. — Segura!

Ele jogou a roupa, e eu peguei.

— Valeu — disse, colocando a calça. — Pra que que eu fui inventar de colocar corpete...

— Quer ajuda? — riu.

— Sai fora — botei o corpete, mas não amarrei.

Levantei, fechando a calça.

— Por que caralhos você estava pelada? — riu.

— Eu moro aqui e tá calor — amarrei a alça do corpete.

Vincent olhou pro celular três vezes desde que eu falei.

— Tá esperando alguém te ligar? — sentei no sofá.