🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽

-Eu faço rapidinho

~VINNIE~

Cheguei pertinho dela e, realmente, ela estava chorando.

— Não chora. — Falei, tentando me controlar pra não rir.

— Eu vou quebrar a sua cara, filho da p... — Levantou, partindo direto pra agressividade.

A morena me acertou dois socos na barriga... Não doeu, mas eu fingi que doeu pra ver se ela parava de me bater.

Na minha cabeça, fez sentido.

— Ai, Claryssa. — Falei, colocando a mão na barriga.

— Doeu, né? Espera pra ver o chute que eu vou te dar agora. — Subiu, ficando em pé na cama.

Rolei pro lado e, sem querer, caí no chão.

— Merda. — Resmunguei baixinho.

Alguém bateu na porta, e Clary me empurrou rapidamente pra debaixo da cama.

— Não faz barulho. — Disse baixinho.

A morena foi até a porta e abriu.

— Que foi? — Perguntou, totalmente seca.

— Por que esse barulho todo? — Sther questionou.

— A cadeira caiu. — Riu. — E eu escorreguei no tapete, mas tá tudo certo já.

— Tá bom então... Vai dormir e para de brigar com a cadeira. — A mãe dela saiu e Clary trancou a porta de novo.

Saí de debaixo da cama e ela começou a rir.

— Foi mal.

— Mas tu tem uma carinha de psicopata, meu brother. — Ri, levantando do chão.

Sentei na cama, olhando pra ela, ainda meio desconfiado do chute que ela prometeu me dar.

— Por que você tava chorando, ô doidinha? — Perguntei, rindo baixo.

— Porque você é um idiota. — Respondeu, ajeitando o short antes de deitar na cama.

— Ficou tristinha porque eu disse que ia embora. — Abracei ela. — Me ama muito, essa garota.

— Desgruda, carrapato. — Me empurrou pro lado.

Ri e olhei pra ela, fixando o olhar nos olhos dela. A menina sustentou por alguns segundos e logo cortou o contato visual.

— Eu tenho uma pesquisa pra entregar amanhã. — Levantou rápido e sentou na cadeira, em frente ao computador.

Pegou o notebook na mochila, colocou no colo e virou a cadeira na minha direção.

— Pesquisa de quê? — Perguntei. — Talvez eu possa ajudar. — Sorri.

Na verdade, eu só queria ela perto de mim.

— Esportes... Não fiz Educação Física essa semana, então a professora pediu uma pesquisa. — Respondeu, mexendo no notebook.

— Que tipo de esporte? — Perguntei, me levantando.

— Qualquer um, desde que seja um esporte mesmo. — Respondeu, olhando pra tela.

— Eu faço pra você... Me dá aqui. — Peguei o notebook da mão dela.

— Não! — Pegou de volta, rindo.

— Eu gosto de esportes.

— E daí? O trabalho é meu.

— Eu faço rapidinho. — Insisti, olhando pra ela, e a menina riu.

— "Rapidinho"... — Me imitou, rindo, e voltou a focar na tela.

Desisti, sentei na cama dela de novo e comecei a mexer no celular.

Continua...