CLARYSSA
— Não ligou, não mandou mensagem... nem sinal de luz — meu pai falou, vindo na minha direção.
— Eu fui a uma festa, não fiz nada demais... E, pra variar, minha mãe mandou mensagem dizendo que não ia abrir a porta pra mim — me defendi, cruzando os braços. — Briga com ela, não comigo. E eu mandei mensagem sim, mas pelo visto estavam muito ocupados... se é que me entende — subi pro meu quarto e bati a porta.
Liguei a TV, joguei minha bolsa na cama, tirei o macaquinho na maior rapidez e fui direto pro banheiro tomar banho.
Tirei o resto da roupa e entrei no chuveiro. Falei com o Vincent que veríamos um filme mais tarde, mas antes eu tinha consulta com a Dra. Lu.
Minha mãe trabalha até nos feriados. Ela não é policial, é detetive particular. Estudou muito pra isso. Meu pai é chefe de cirurgia, completamente viciado no trabalho, assim como ela.
Provavelmente hoje vai ser um dia corrido pros dois. A Maya fica na creche do hospital, então a casa é só minha... o dia inteiro. Perfeição.
Terminei o banho, me enxuguei e coloquei uma roupa mais confortável: uma camisa que vai até a coxa e um short de pijama que mal cobre a bunda — praticamente uma calcinha, se for parar pra pensar.
Saí do banheiro e desci.
— Pai? — chamei.
Tudo apagado, só a luz da janela iluminando a casa.
Abri a porta, cruzei os braços ao perceber que o carro dele já não estava mais na garagem. Saiu e nem se deu ao trabalho de avisar. Ótimo.
Peguei o controle do portão da garagem e abri. Foi aí que vi as motos dos meus pais paradas ali. Sério... faz tanto tempo que eles não usam essas motos! Elas ficam ali me encarando, como se dissessem: “Anda em mim!” ou “Vai, eles nem vão perceber.” Esquizofrenia? Talvez.
Comecei a rir dos meus próprios pensamentos, fechei o portão e entrei.
Fui pra cozinha preparar meu almoço... Quer dizer, só esquentei, né? Viva a praticidade.
Comi rapidinho e me arrumei: cropped preto, calça jeans reta e meu all star preto clássico.
— Sininho, cadê sua coleira, neném? — falei, procurando.
Achei, coloquei nela, peguei meu celular, chave, e bora.
— Você só vai comigo porque não tem ninguém em casa e, da última vez que ficou sozinha, comeu meu tênis — falei, olhando pra ela. A cachorra abanou o rabo, safada.
Botei celular e chave no bolso da frente e saí, puxando ela pela coleira.
Pode cachorro no consultório? Não. Mas a Sininho é quietinha e, além disso, a Dra. Lu ama cachorro.
Cheguei no consultório rapidinho, mas já tava só o pó da rabiola.
Entrei de boa, porque a Dra. tava na recepção e me deixou passar com a Sininho.
— Então você é a Sininho! — sorriu, abaixando pra brincar com ela.
Talvez tenha sido uma péssima ideia trazer essa cachorra...
— Dra., eu tô aqui, tá? — acenei, rindo.
— Desculpa, ela é muito fofa!
— Eu também sou — brinquei. Ela riu.
— E aí, como vai?
— Na verdade... bem — sorri.
— Por quê? — ela sorriu de volta. — Tem alguém especial na sua vida? — levantou uma sobrancelha — Talvez alguém cujo nome começa com V?
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🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽
أدب الهواة𝚃𝚞𝚍𝚘 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚌̧𝚘𝚞 𝚌𝚘𝚖 𝚞𝚖𝚊 𝚏𝚘𝚝𝚘, 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚜𝚎𝚛𝚊́ 𝚚𝚞𝚎 𝚟𝚊𝚒 𝚊𝚌𝚊𝚋𝚊𝚛? 𝐀𝐥𝐞𝐫𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐠𝐚𝐭𝐢𝐥𝐡𝐨 ⁱⁿⁱ́ᶜⁱᵒ:10/06/2021 ᶠⁱⁿᵃˡ:12/07/2021 𓀡está fanfic está sendo corrijida...𓃗
