🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽

+Claryssa?

CLARYSSA

– Até parece que não gosta – Reggie disse, rindo.

– Não, é sério, eu odeio mesmo morango – falei, olhando para ele.

Reggie me chamou pra sair ontem, mas eu estava ocupada fazendo os deveres que tinha deixado pra depois. Então, fomos hoje ao cinema.

– Como assim? Não tem como odiar morango. Ou você ama ou... ama.

– Odeio a sensação das sementes agarrando no dente – bebi o refrigerante.

– Mas é gostoso – ele riu.

– Eu não gosto da fruta, ué – olhei para ele.

– Um dia eu te ensino a comer morango – sorriu.

– Veremos – olhei pra frente.

Continuamos andando pra fora do shopping.

– Tá ficando tarde, acho melhor eu te levar pra casa – falou.

– Ahm... ok – respondi.

– Vamos de Uber – disse, pegando o celular.

– Não! Vamos andando.

Ele me olhou confuso.

– É que eu gosto de olhar pro céu – expliquei.

– Ok então – sorriu.

Fomos andando até minha casa. Reggie me deixou na porta e depois foi pra casa dele.

– Eu gosto do Reggie – minha mãe falou assim que entrei na sala.

– É, ele é um bom amigo.

– Só amizade? Não tem mais nada aí, não? – meu pai perguntou, sorrindo.

Sentei entre os dois, olhei para ele e ri.

– Não – disse, encostando a cabeça no ombro dele.

– Tem certeza? – minha mãe sorriu.

– Sim – ri mais uma vez.

– Ele gosta de você – meu pai falou.

– Não temos como saber disso – olhei para ele.

– Ele falou antes de você descer, mais cedo – meu pai sorriu.

– Tá, já chega... Vou subir antes que comecem a especular algo que não vai acontecer – levantei e subi.

– ELE GOSTA DE VOCÊ! – minha mãe gritou, e meu pai riu.

Sorri e entrei no quarto.

– Ai, que demora.

– Ai, caralho, que susto! – falei, fechando a porta e acendendo o abajur. – Como entrou aqui, peste?

– Deixa de ser grossa, garota – ele sentou na cama – entrei pela janela.

– Tá fazendo o quê aqui, Vincent? – perguntei, tirando o tênis.

– Vim deixar seu chocolate – sorriu e fechou o livro.

– Obrigada – sorri e sentei na cama.

– Como foi seu encontro com meu irmão? – perguntou, e eu engasguei com a própria saliva.

– E-encontro?

– Sim, não foi um encontro? – me olhou confuso.

– Não, só saímos... como amigos... eu acho – falei, olhando pra ele.

– Bom, então... como foi sua saída com meu irmão?

– Legal.

– Legal?