+SAÍ DAÍ

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CLARYSSA

— Não, não e não — falei, e ele riu.

— É só pra eu te ganhar agora — Bryce implorou.

— Tô com sono, vou dormir. Boa noite.

— Adiós — Vinnie levantou — buenas noches.

Subi para o quarto e, logo atrás, Vinnie veio também.
O menino trancou a porta, levantou minha blusa rápido e parou na frente dela com a mão na cintura.

— Foi lá pra baixo só de calcinha?

— Isso é um short de pijama, e a blusa tampa.

— Um short de pijama de quando tinha uns dez anos e era reta, né?

— Eu tinha mó corpão com dez anos, tá? — falei, rindo. — Me pegava fácil.

Ele me olhou e caiu na risada.

— As ideias da menina… — falou, pulando em cima de mim, e nós dois caímos na cama.

— Doido — ri. — Sai com essa sua terceira perna de cima de mim.

— Vamos tomar banho?

— Já tomei banho — falei, rindo.

— Vai recusar um banho comigo?

— Vou, e você também já tomou banho.

— Seria tão mais fácil se você só dissesse "sim"… — enfiou o rosto no travesseiro.

Levantei da cama e peguei meu celular do carregador, que acabou caindo no chão. Me abaixei para pegar, e ele resmungou:

— Aí, menina, isso é covardia. Você não pode abaixar assim na minha frente, não, retardada.

— Retardado é você — falei, voltando para a cama e me cobrindo.

— Vou dormir aqui não. Tchau.

— Ou bota essa bunda aqui — falei, olhando pra ele.

— Não, amanhã a gente se vê — disse, indo pra porta.

— Quer bater uma punheta? Tem um banheiro aqui — falei, e ele riu. — Não me deixa dormir sozinha, não.

— Boa noite, até amanhã — respondeu, saindo do quarto e fechando a porta.

Fechei os olhos, mas não consegui dormir. Peguei meu celular, levantei e saí do quarto devagarinho, indo para o do Vinnie, que ficava ao lado.
Entrei de mansinho. Ele já estava deitado. Deitei na cama e botei a perna por cima dele.

— Você não consegue, né? — riu.

— Você não pode me deixar sozinha do nada — falei.

— Você estava no seu quarto.

— E daí? — mordi o pescoço dele.

— Caralho, não faz isso, mulher — ele me empurrou pro lado.

Olhei pra ele e ri. Deixei o celular na mesinha de cabeceira e beijei a bochecha dele, com a mão no abdômen.
Fui descendo devagar até chegar na cintura dele e parei ali.

— Olha aqui, se você veio a esse quarto pra me deixar na vontade, pode sair — ele apontou pra porta.

— Eu não falei que ia fazer nada, você que é precipitado demais — falei, rindo.

Ele me empurrou mais uma vez pro lado.

— Afrontosa.

— Nervosinho.

🅝︎Ⓐ︎🅚︎Ⓔ︎🅓︎ ᯽ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ᯽Onde histórias criam vida. Descubra agora