Capítulo 8 - Café ou chocolate?

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Paulo's POV

Deixei a Alice bolada comigo e tô me sentindo muito culpado. Fui muito burro, fiz uma puta mancada com ela e ela deve estar muito brava, com motivo, é claro.

Combinei com ela de ir a encontrar e nem apareci, não dei satisfação e larguei ela me esperando.

Eu poderia muito bem ter ido sim encontrar ela, porque, meu amigo, o Caíque, só me ligou me chamando pra sair, ele não me "mandou" ir encontrá-lo, eu só fui, sem pensar na Alice.

Ela tem todo direito de ficar brava comigo ou ate mesmo desistir de ter algo comigo. Talvez ela entenda e aceite. Peguei meu celular e disquei o numero de Alice.

- Oi. -Ela atendeu no quinto toque e parecia bem brava.

- Oi Alice, tudo bom? - Eu sou muito cara de pau.

- Tô indo Paulo. E você, se divertiu com seus amigos?

- Não muito. Pensando bem, seria melhor se tivesse saído com você.

- Claro, claro. - Ela bufou. Me deu vontade de rir ao imagina-la toda bravinha, mas me segurei. - Qual o motivo da ligação?

-Saudade.

Depois de um tempo ela me respondeu:

- Paulo, eu estou ocupada agora. Depois a gente conversa. - e desligou. Ela, com certeza, está brava comigo.

Alice's POV

Certo, ele me ligou e disse que esta com saudade. Eu estava e ainda estou muito brava mas não posso negar que essa ligação mexeu comigo. Fiquei feliz e queria muito continuar a conversa mas seria fácil demais. Qual é? O cara me deu um bolo!

Tomei um banho gelado por causa do calor e vesti uma roupa fresquinha. Já que as meninas estavam na faculdade, resolvi tomar café na padaria ao lado do meu apartamento.

- Bom dia. - Comprimentei a atendente atrás do balcão.

- O que a senhora deseja?

- Um pão na chapa e um café forte.

Me sentei em um dos banquinhos em frente ao balcão. A padaria estava tão vazia que em três minutos meu pedido chegou. Peguei a bandeja a fim de me sentar em uma mesa de madeira. Já estava quase chegando ao meu destino quando um ser trombou comigo.

- Que droga, meu café. - Reclamei.

- Opa, me desculpa. - Aquele menino dos cabelos "brancos" respondeu. - Vem, eu pago outro café.

- Tem certeza?

- Sim! Meu nome é Caíque. Qual o seu?

- Alice. - respondi sem graça. - Olha, você não precisa pagar outro café pra mim, eu até perdi a vontade.

- Calma ai, quer um chocolate então?

- Ta bom, pode ser. - forcei um sorriso.

Caíque me pagou um chocolate quente e nós conversamos bastante. Vou confessar que essa conversa com ele me fez bem, ele era divertido e tinha uma risada muito engraçada. Ele percebeu que eu não estava nos meus melhores dias e perguntou se eu estava de mau humor, eu disse que eu só estava decepcionada com uma pessoa. Ele insistiu pra saber quem era mas eu preferi fugir do assunto.

Eu e Caíque ficamos pelo menos 1 hora conversando, mas ele tinha algum compromisso.

- Infelizmente você vai perder a minha companhia agora.

- Convencido! - eu disse rindo.

- Sério, linda, eu preciso ir.

- Tudo bem, vai lá. - Ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

Uns minutos depois ele voltou e disse:

- Me passa seu número? - ele disse sorrindo.

- Não sei se devo...

- Por que? Não gostou de mim? - ele fez um bico engraçado.

- Ta bom, vai, dá ai seu celular. - ele me deu e eu anotei meu número.

- Depois te ligo pra você salvar o meu, to atrasado, beijo!!! - ele disse num suspiro só e saiu andando.

Eternal Love - Banda FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora