Capítulo 47 - De qualquer jeito, seu sorriso vai ser meu raio de Sol.

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Quando eu tava mal, procurava Paulo, mas agora que eu tô mal por causa dele, eu procuro quem? Pois, é. Eu podia estar em casa, na rua, na balada, no raio que o parta, mas eu só pensava nele, só queria ele. Eu virei dependente daquele merda. Virei dependente dos carinhos, das provocações. Eu vivi 21 anos da minha vida sem saber que ele existia, mas agora que eu sei, não quero largar nunca mais.

Eu acho que se pudesse eliminar uma coisa da minha vida, para sempre, uma coisa que nunca mais voltaria, seria minha mania de brigar por tudo. Sei que aquela briga foi merecida, mas eu fui bem contraditória, disse que tava tudo bem, pra depois fazer cena de ciumes, e o pior de tudo: por causa de umazinha qualquer. Não coloco 100% da culpa em mim mesma, de jeito nenhum, Paulo também falou várias merdas, e agiu de maneira errada, mas sei lá, nós não namoramos.

Isso tudo tá me deixando muito confusa; não consigo chegar a uma conclusão.

- Juro por Deus que eu nunca mais vou beber. - Bea disse entrando no meu quarto, ela estava com a maior cara de dor.

- Você não pode jurar uma coisa que você não vai cumprir. - disse me levantando e sentando na cama.

- Então eu retiro o que eu disse... Mas eu continuo com dor.

- Pega um remédio lá no banheiro.

- Já peguei.

- Então sossega e espera fazer efeito.

- Tudo bem, mãe, desculpa.

- Cadê a Ju? - perguntei.

- Foi no mercadinho comprar água com gás pra mim.

- Você é muito folgada, meu Deus!

- Ela que se ofereceu, nem vem. E outra, eu tô com muita azia, muita mesmo, eu podia morrer até chegar lá.

- Ah, me poupe... Você é muito dramática.

- Eu sou mesmo, e você sabe, então não reclama, sua desgraçada.

- Meu Deus, acordou cheia de amor pra dar... Depois dessa vou até sair daqui. - disse saindo e indo em direção ao banheiro.

Fui até o banheiro e fiz minha higiene, escovei meus dentes e me olhei no espelho, eu estava acabada. Tirei meu pijama e entrei num banho quentinho, tomei bem rapidinho, saí e me enrolei na toalha. Fui até meu quarto e coloquei só uma camiseta, que era do Paulo e uma calcinha. Fui até a sala e Julia e Bea estavam lá fazendo alguma coisa, fui até ela e me sentei na mesa.

- Não sabia que você tinha um vizinho tão gato. - Julia comentou.

- Eu não tenho. - respondi.

- Tem sim, o nome dele é Guilherme, ele mora no 15° andar e disse que já te encontrou no elevador.

- Já? - fiquei pensativa e lembrei do vizinho que me elogiou no dia da festa. - Ah! Lembrei... Ele é um gostoso.

- E a Juju conseguiu o número dele, né?! - ela disse se gabando.

- Conseguiu? - perguntei surpresa.

- Se ela conseguiu tudo isso só na vinda do térreo até o 13°, imagina o que ela vai conseguir quando for até a cobertura. - Bea comentou.

- Não tem cobertura nesse prédio. - eu disse.

- Tô brincando, sua idiota.

- Ah, ta...

- Por que você tá tão distante? - Ju me perguntou.

- Não tô não, só tô pensativa.

- Tá pensando no Paulinho, isso sim.

- Pode ser... - respondi.

Eternal Love - Banda FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora