Capítulo 14 - Eu sempre gostei dos que pisassem em mim.

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- Uau! - Caíque exclamou.

- É. - eu ri sem graça.

- Que foi? Não gostou? - ele perguntou se levantando da cama.

- Gostei, mas é errado.

- Errado por quê?

- Porque sim.

- Para de besteira, Alice, foi ótimo.

- Foi mesmo.

- Então pronto. - ele disse sorrindo.

- Tô com fome.

- De novo?

- Você não me deixou comer.

- Você veio me ver de cueca porque quis.

- Eu só queria te chamar. - disse manhosa.

- Eu sei, linda.

- A gente já pode ir comer?

- Você não vai colocar uma roupa? - ele perguntou me analisando.

- Primeiro: estou na minha casa.
Segundo: to com preguiça de me trocar, só lingerie tá ótimo. - disse me levantando.

- Se você ficar assim eu vou querer te foder.

- Vai ficar só na vontade mesmo.

- Tem certeza? - ele disse chegando perto de mim e segurando minha cintura. - Certeza mesmo? - confirmei com a cabeça, e ele colou nossos corpos. Selou meus lábios e um beijo calmo se iniciou. Logo o beijo foi ficando mais quente e ele desceu suas mãos até minha bunda. Interrompi o beijo e disse:

- Já disse que você vai ficar na vontade e ponto.

- Não faz isso comigo, Alice. - ele disse manhoso.

- Já fiz. - disse saindo do quarto e indo em direção a mesa que estava posta.

Me sentei, estava com tanta fome que já fui atacando os pães de queijo. Logo Caíque apareceu, estava só de cueca, e eu perguntei o imitando.

- Você não vai colocar uma roupa?

- Decidi ficar combinando com você.

- Sem graça. - eu disse com a boca cheia.

- Engole primeiro depois fala, tá bom, linda?!

- Para de ser chato, eu tô na minha casa.

- Posso comer?

- Claro que pode, Caíque.

- Daqui a pouco eu vou embora, mas se você quiser eu te ajudo a arrumar a bagunça.

- Tudo bem, não precisa.

- Tem certeza?

- Sim...
...

Caíque foi embora umas 15h, arrumei toda a bagunça e fui tomar um banho.

Me arrumei, liguei pra Júlia e disse que ia passar na casa dela.

- E ai, gatinha?

- Oii, entra ai!! - disse abrindo a porta.

- Você tá bem?

- Tô sim, e você Ali?

- Também, tenho umas coisas pra contar...

- Conte...

- Então, eu e o Caíque saímos ontem, ai depois quando a gente voltou, decidimos beber vinho, e bebemos muito. - VOCÊ DEU PRA ELE? - Júlia gritou me interrompendo. - Não Júlia! Não exatamente...

- Continua Alice!!

- Ai depois que bebemos, ele veio com um papo de que ta afim de mim, mas eu não disse nada.

- Não acredito!!!

- Pois é, mas então, nós ficamos...

- E como foi???

- Foi muito bom, serio...

- Aconteceu mais alguma coisa?

- Sim... Hoje de manhã, a gente quase transou...

- NÃO CREIO!! - Júlia gritou.

- Juro... Foi só oral, mas nossa, foi maravilhoso.

- Ai que fofos!!

- É, mas você sabe que não é dele que eu gosto...

- Eu sei, Ali, mas o outro lá foi muito filho da puta com você.

- Mas você sabe que eu sempre gostei dos caras que pisassem em mim.

- Porque você tem coco na cabeça, né fofa?!

- Você acha que eu gosto de ser assim?

- Eu sei que não, Ali...
...

Fiquei na casa da Júlia até tarde, conversamos muito e ela me aconselhou a esquecer o Paulo e ficar com o Caíque.

Por mais que Caíque fosse um príncipe comigo, era com Paulo que eu queria estar, mas eu não sabia como dizer isso á Caíque, já que nós ficamos.
...

Voltei para minha casa, estava tarde, sentei no sofá e abri minha bolsa. Lá havia um convite muito bonito e todo enfeitado que a mãe da Júlia, a tia Pat, tinha me dado, era o convite para uma festa que a sua empresa estava organizando. O convite era lindo, um envelope grande e preto com detalhes prateados, e dentro um papel branco, com espessura diferente e letras bem bonitas pretas.
Me empolguei para essa festa, mas eu estava me precipitando, ainda havia bastante tempo até a data chegar.

2 semanas depois...

Meus dias tem sido muito corridos, tenho feito muitas coisas e entre elas, uns trabalhos como modelo, sim, modelo. Um dia depois de ter ido á casa da Júlia, eu fui ao shopping com minha irmã, e lá, em uma loja, haviam alguns fotógrafos para fazer a seção de fotos para um coleção nova. Eu entrei na loja e um deles disse que eu tinha o dom e que a maquina me amava. É claro que eu estranhei, mas logo, aceitei participar da divulgação. Fiz algumas fotos e o fotógrafo pegou meus contatos, logo algumas lojas de óculos, roupas e acessórios começaram a me chamar, e eu nem podia reclamar, eu estava ganhando bem.

Minha vida "profissional não tão profissional" estava bem, agora a vida amorosa... Um desastre.
Paulo voltou a conversar comigo normalmente e Caíque me tratava como se eu fosse sua namorada, por mais que eu dissesse que não, ele insistia.

Eu queria poder ter coragem de dizer o que eu sinto para cada um dos dois, mas eu simplesmente não conseguia.

Eternal Love - Banda FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora