Eternal Love - Banda Fly

Capítulo 53 - Theres no place Id rather be.

Olhei para Alice e, pela primeira vez, eu não consegui decifrar a sua expressão, era como um super combo de tristeza, vergonha e decepção. Morri de vontade de abraçá-la, mas não o fiz. Alice sorriu amarelo e se afastou dos meninos.

- Meninos - disse baixinho para eles. -, a Mila não vem mais aqui. Eu não sou mais namorado dela, vocês entendem? - perguntei.

- Sim! - eles responderam em coro.

- Eu sou namorado da Alice agora. - eu disse.

- Você ama a Alice? - Felipe perguntou.

- Eu amo. - respondi sorrindo.

- Então, eu amo ela também! - ele disse engraçado.

- Então, vão lá e dêem o maior abração nela, porque ela ficou triste com vocês chamando a Camila.

Cinco segundos depois eu vi a cena mais linda da minha vida, Enzo e Felipe correram em direção a Alice e pularam em cima dela, deram vários beijos no rosto dela e depois se ajeitaram em seu colo.

Alice's POV

Não sabia se ria ou se chorava depois daquele abraço seguido de uma rejeição, aqueles meninos eram tão lindinhos que fazia doer lá no fundo da alma.

- O que foi que você disse pra convencê-los? - perguntei para Paulo, que estava sentando do meu lado.

- Ele disse que te ama. - Enzo respondeu.

- Verdade? - perguntei.

- Sim, sim! - ele respondeu concordando com a cabeça.

- Então, eu amo ele também.

- E a gente ama você... E ele... A gente ama todo mundo! - Felipe disse engraçado.

...

Depois de conhecer melhor os meninos, e de conhecer a Giovana, cunhada do Paulo, o João deu a ideia de nós irmos jantar em um restaurante que a família frequentava, fiquei bem feliz com o convite, mas morri de medo do que a minha sogra querida poderia falar, ou fazer, contra mim. Parece até paranóia, mas sinto que até quando eu vou fazer xixi, ela me espiona pra poder colecionar gafes minhas.

Paulo e eu estávamos brincando com as crianças e a Nalu no quintal, Giovana e João estavam vendo filme e Rosângela e Paulo haviam saído. Incrível como aquela casa ficava pacífica sem aquela naja presente. Sei que não deveria falar assim dela, afinal eu nem a conheço (e nem quero), mas ela me tratava que nem um lixo e eu me sentia pior que mal, me sentia um pedacinho de merda que namorava um filho de vereador rico.

- Amor, você acha que a sua mãe me odeia? - perguntei para Paulo.

- Claro que não! Nem deu tempo dela te odiar, ela não te conhece direito.

- Mas ela parece me odiar, ué...

- É só birra dela, sabe? Parece que agora que eu tô ficando velho, ela começou a ter ciúmes de mim.

- Ciúmes? Por acaso ela acha que a gente vai casar semana que vem?

- Se você quiser, eu caso.

- Cala a boca, não to falando disso.

- Eu sei, Lili. Mas não se preocupa com ela, acho que ela tá carente de mim, fazem meses que a gente não se vê.

- Deve ser, mas eu não gosto quando são estúpidos comigo.

- Eu sei, meu amor, mas a gente vai embora semana que vem, só aguenta mais um pouquinho, ta bom?

- Tudo bem. - sorri fraco e dei um selinho.