Capítulo 45 - Fã Número 1.

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Acordei com o celular tocando, olhei no visor e apareceu "Bea", deslizei a tela e atendi ainda sonolenta.

- Bom dia. - eu disse baixo.

- Oi amiga, tudo bem?

- Tudo sim e com você?

- Tá tudo bem, só tô um pouco ansiosa.

- Por que?

- Acho que o Nathan vai me pedir em namoro.

- Acha? - perguntei como se não soubesse de nada.

- Ontem ele me chamou pra jantar, disse que ele tinha uma surpresa. Mas como eu sou muito sortuda, tive que ficar em casa com a Duda, porque meus pais saíram.

- Que merda, amiga...

- É... Mas ele veio aqui e a gente assistiu Tinkerbell, - ela riu. - porque a Maria Eduarda queria. Eu insisti mas ele não falou nada sobre a tal surpresa.

- E quando vocês vão sair? - perguntei.

- Eu não sei, ele não falou nada, mas acho que vamos só na semana que vem.

- Mas ele disse aonde vocês iam ontem? Se vocês fossem, é claro.

- Não... Só disse que íamos jantar.

- Mas isso não significa nada. - ri fraco.

- Credo, amiga. Eu tô esperançosa e você fala assim.

- Desculpa. - ri. - Não quis dizer isso, você entendeu.

- Entendi... Mas amiga, agora eu preciso ir até a facul resolver umas coisas da formatura.

- Tudo bem, amiga. Vai lá.

- Beijo, depois a gente se fala. - e ela desligou.

Na hora que Bea falou sobre sua formatura, eu estranhei, mas logo percebi que já estávamos em dezembro, o tempo passou tão rápido durante esse meses, tantas coisas aconteceram. Tudo estava melhorando na minha vida, e eu estava bem feliz com as mudanças.

...

Alguns dias depois.

Senti Paulo se mexer na cama, ele não parava quieto, estava nervoso para o show. Faltavam apenas algumas semanas para o Natal e o Ano-Novo, mas nós não estávamos ligando pra isso. Nosso foco era seu show, que mesmo sendo pequeno, era muito importante. Durante esses dias anteriores a apresentação, Paulo e eu ficamos que nem loucos, procurando uma roupa legal pra ele usar, montando sua "setlist" e correndo atrás da divulgação.

O barzinho do show ficava numa avenida famosa, bem movimentada, então, seria fácil encher. Era a inauguração, e geralmente, o público, nesse tipo de ocasiões, é bem exigente. Deixamos tudo certinho, organizamos tudo, e deixamos bem do jeito de Paulo, mas com um toquezinho feminino, porque se dependesse dele, ele tocaria só CBJR, vestindo uma bermuda e uma regata cortada qualquer.

Paulo decidiu não dormir mais, ele não conseguia. Era madrugada ainda, mas ele decidiu ensaiar, pegou seu violão e ficou dedilhando baixinho enquanto eu dormia.

...

- Bom dia, cantor. - disse animada enquanto me dirigia até a sacada do apartamento, aonde ele estava.

- Oi, meu amor. Bom dia! - ele disse dando um sorriso bem largo.

- "Tá" pensando na vida? - perguntei lhe abraçando.

- Tô agradecendo. - ele disse retribuindo ao abraço e fazendo carinho na minha cabeça.

- Pela oportunidade de hoje?

Eternal Love - Banda FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora