Passei o endereço da sorveteria pro Paulo e ele disse que ligaria quando chegasse. Eu poderia ter dado o endereço da minha casa, mas eu nem conheço ele direito. Fiquei com medo.
Passaram 30 minutos e eu estranhei, já que Paulo disse que era perto da casa dele também. Decidi descer e esperar ele na sorveteria mesmo.
Esperei mais 20 minutos, esperei 40 minutos, esperei 1 hora. Ele não apareceu e eu fiquei lá que nem idiota esperando.
Eu mandei 3 mensagens pra tentar saber aonde ele estava, mas ele não visualizou, nem respondeu.
Peguei toda minha dignidade de volta, recolhi minha bolsa e voltei pra casa. Entrei no banho e mandei toda minha raiva embora, eu não queria desperdiçar meu tempo com ele.
Ainda estava relativamente cedo quando eu sai do banho, então decidi chamar Bea e Ju pra irem em casa. Mas elas eram muito preguiçosas e me pediram para busca-las. Peguei meu carro e fui correndo, estava um transito infernal e minha raiva voltou. Xinguei todos que pude, meti a mão na buzina incontáveis vezes e quase bati com uma moto.
Cheguei na casa da Júlia e as duas estavam la a minha espera, logo pedi pra Bea dirigir, afinal eu estava distraída e ela dirigia muito bem.
Contei pra elas o que havia acontecido e elas ficaram tão bravas quanto eu.
- Porra, que folgado, meu! Você já falou com ele? - Ju disse.
- Ele não responde minhas mensagens e eu também não vou ligar.
- Tô puta.
- Eu também, né!?
- Calma gente, ele pode ter tido algum imprevisto. - Bea disse seria.
- Mas custava avisar?
- Ai Li, sei lá, espera ele te responder.
- Você acha que eu vou fazer o que?
- GROSSA!
- Desculpa, tô irritada.
- Te entendendo, mas vamos esquecer isso, só um pouquinho.
- Ta bom, é o melhor a fazer.
Fomos pra casa, conversamos e assistimos um filme.
- Que tal a gente ir no Mc? - disse Bea.
- To sem grana. - disse Ju.
- Você nunca tem dinheiro, mas deixa que eu pago o seu. - respondi.
- Então vamos logo que eu to com fominha.
Chegamos no Mc, comemos e tomamos sorvete, naquele momento tinha esquecido da mancada que o Paulo tinha feito.
- Vamos indo? Eu preciso ir pra casa estudar. - disse Ju.
- Você? Estudar?
- Milagres acontecem!! - ela disse levantando as mãos ao céu.
- Vamos lá, então, eu te deixo em casa e a Bea na casa dela.
- Mas eu não quero ir pra casa. - disse Bea.
- Então você vai pra minha casa comigo.
- Aeeee!!
Deixei a Júlia na casa dela e fui pra minha casa, Bea estava junto então nós chegamos, nos jogamos no sofá e ficamos conversando.
- Sabe, amiga, eu gostei dele, mas essa não é a primeira mancada que ele faz comigo.
- Pô, Li, dá um descanso pro garoto, ele ainda nem é nada seu.
- E se continuar desse jeito, nem vai ser.
- Para de ser marrenta, espera o moleque se explicar.
- Não quero esperar porque eu sei que ele vai inventar alguma desculpa e não vai falar a verdade.
Ficamos um bom tempo lá conversando sobre Paulo até que Bea decidiu ir embora. Ela queria ir de ônibus mas eu insisti em leva- la.
- Brigada pela carona, Li, fica bem ai, ta? - ela disse saindo do carro.
- Pode deixar, Bea.
Voltei pra casa, eram 21h, estava com fome mas com muita preguiça pra preparar alguma coisa. Fui pro meu quarto, liguei meu notebook, olhei as redes sociais e adormeci. Acordei com o notebook jogado no chão, rezei mentalmente para ele nao ter quebrado, eram 4h da manhã, levantei para ir ao banheiro e perdi meu sono completamente.
Sentei na cama e fui mexer no meu celular. Tinham muitas mensagens no WhatsApp, e uma só do Paulo. Era um áudio. Eu queria que ele soubesse o quanto eu odeio áudios.
"Oi, Alice, me desculpa por hoje, eu estava saindo de casa e meus amigos me ligaram e eu precisei ir encontrar eles. Eu espero que você não esteja brava. Enfim, foi mal mesmo."
Ele parecia tão calmo, estava em lugar silencioso e estava sendo cuidadoso com as palavras. Por um momento até esqueci o porque de estar brava com ele, mas logo voltei a realidade. Lembrei de como eu fiquei 1 hora lá esperando ele, sentada naquela cadeira colorida.
Não quis ser grossa, então apenas respondi em uma frase.
"Tá ok, essas coisas acontecem."
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Eternal Love - Banda Fly
Hayran Kurgu"Nosso amor foi o mais improvável, o mais louco e o mais forte que eu já ouvi falar, nós nos amamos tão intensamente que até doía. Eu te amo como eu nunca mais vou amar ninguém, mas na vida, nós somos obrigados a seguir em frente. Me desculpe por te...