Capítulo 4

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Pov Autora

Depois que Giovanna saiu, naquela manhã ensolarada, o silêncio reinou nos cômodos do Loft da família Moretti. 

Alice tinha pensamentos que "gritavam" na sua mente. Ela levantou da cama, tomou um banho e resolveu se distrair um pouco.

Naquele momento, Smith sentiu falta do sou pai, e de quando ela podia correr para ele. Sentiu falta de Catarina e de  quando eram apenas crianças e sua única preocupação era resolver algumas divisões com virgula ou não ralar o joelho correndo para casa da árvore(que o Sr.Smith construiu para elas).

Ela sabia que todos os problemas de agora não se resolveriam em uma tarde de risos e uma xícara de chocolate feita pela nona.

Alice resolveu que precisava tomar alguma atitude melhor do que se encher de doces enquanto esperava. Porém, antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, a campainha tocou. Fazendo a mesma levantar em um salto só, do sofá, para atender.

Alice Smith: como você? O que vc tá fzd aqui, papai?

Álvaro Smith: isso é jeito de receber o seu velho pai? - riu e abriu os braços para  da um abraço.

Alice Smith: desculpa papai, eu só não esperava que vc poderia me encontrar. Principalmente aqui, eu nem sabia que vc ainda estava na Itália.

Álvaro Smith: Na verdade, estou oficialmente de férias. Estava prestes a voltar para Londres quando recebi ordens para retornar do aeroporto. Resolvi deixe o seu irmão no meu lugar, ele já conhece tudo e ficou feliz de encerrar as coisas pra mim antes de vim pra casa. A sua mãe me ligou aos berros falando que vc estava rebelde, louca e inconsequente, que queria te deserdar. Bom, eu precisava conferir isso pessoalmente, não quis nem escutar a versão maluca dela. Posso entrar pra conversarmos?

Alice Smith: claro, venha, eu vou fazer um café para nós dois.

Álvaro Smith: respondendo a sua pergunta, não foi difícil te achar. Eu conheci a primeira dona desse lugar... Eu era uma criança, ela foi a mãe de um amigo e uma grande arquiteta, na minha opinião. Me arrisco em dizer que a Sra. Moretti, foi a melhor no que fazia, pois ela possuía um talento que eu não vejo no mercado atual a muito tempo.                                                                  Antônio tinha muita sorte, a mãe dele de fazia os melhores  doces que eu já comi. A sua avó ficava louca, ela não gostava quando eu ou a sua tia comíamos porcaria. - Riu nostálgico.- Eu aprendi  muita coisa com essa família, filha.

Alice Smith: O senhor conheceu o pai da Giovanna?

Álvaro Smith: sim, nós éramos grandes amigos e Antônio era um grande homem. Fizemos grandes negócios juntos. Na época que vc nasceu eu viajava muito, não queria que a sua educação fosse só aqui. Sempre procurei da a vc e ao seu irmão oportunidades e a liberdade de estar onde quisessem. Pra isso eu fiz alguns sacrifícios e um deles foi estar menos presente na vida de Antônio.

Alice Smith: Isso fica cada dia mais surpreendente. Papai, vc sabe... sobre mim...? A mamãe falou... de mim?

Álvaro Smith: Sobre vc gostar de garotas? Meu amor, eu sempre soube, desde que você era criança. Lembra daquela menina que vc me faz comprar uma rosa  pra ela só porque ela tinha ralado o joelho? como era mesmo o nome dela? Giulia? Não era isso?- sorriu- Você ficou parecendo um tomate quando ela te abraçou.

Alice Smith: você sempre soube? Esse tempo todo?- falou com olhos cheios de lágrimas e um sorriso no rosto.

Álvaro Smith: Sim querida. Nunca comentei com vc  pq isso não muda em nada a nossa relação. Eu amo vc como vc é, não importa quem vc ame. Sempre vou ter orgulho da mulher que vc se tornou.

Querida ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora