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Pov. Cecília

Estava saindo da faculdade procurando por minhas amigas, Diana e Fátima, nós três fazemos o mesmo curso juntas, mas hoje era dia de prova e nesses dias eu quase sempre sou uma das últimas a sair da sala.

Elas me davam carona até em casa, eu morava longe, tinha que pegar dois ônibus para chegar em casa, então  as duas revesarvam para me da carona.

Era sempre uma briga para decidir quem me levava, e vocês acham que tudo isso era por mim? Que nada! Elas gostavam mesmo era de ver meu vizinho e amigo, Cristóvão, que é um tremendo gato.

Avistei elas de longe conversando e me aproximei.

Cecília: então já tiraram ímpar ou par pra ver quem vai me da carona hoje?

Fatima: Ceci a Diana já te levou ontem, portanto, hoje sou eu quem vai levar você.

Diana: não tem essa não, eu ganhei no ímpar ou par, então sou eu que vou levar ela de novo.

Sim, elas eram infantis a esse ponto.

Fatima: ôh Diana você apaga esse seu fogo que você tem namorado.

Diana: primeiro que eu estou namorando e não estou cega, segundo olhar não é pecado e terceiro o que é bonito é para se apreciar mesmo.

Cecília: bom eu não tenho tempo para esperar vocês decidirem, então vou pegar meu ônibus que eu chego em casa mais rápido - digo e saio andando.

Fatima: espera Ceci, eu te levo. - me seguindo.

Diana veio logo atrás também, as duas discutiam enquanto me seguiam.

Olhei para um lado e outro antes de atravessar a rua, vinha um carro longe mas o sinal estava fechado. Fui até a faixa de pedestre para poder passar, quando estava na metade da faixa vi que o carro vinha a toda velocidade em minha direção, eu fiquei em choque sem ter ação de nada, nem para dar um passo para trás ou para frente, simplesmente travei.

Foi tudo muito rápido, quando vi já estava sentada no chão. As meninas, que vinham logo atrás de mim, me puxaram para trás pelo braço e eu tropecei nos meus próprios pés caindo no chão.

O idiota passou com tudo, nem se quer fez esforço para freiar o carro.

Diana: desculpa pelo tombo, amiga - diz me dando a mão para que eu levantasse.

Cecília: ta pedindo desculpa por salvar a minha vida? - levantando do chão. - Se ele me atropela com toda aquela velocidade eu não estaria mais viva pra sentir todo esse ódio que eu tô dele agora.

Fatima: Você está bem? Se machucou?

Cecília: Não, eu tô bem, foi só um susto.

Diana: susto muito arriscado esse!

Cecília: ainda consegui ver a placa do carro desse imbecil, se algum dia ver ele de novo na minha frente... ah ele vai me escutar.

Fatima: tá, agora vem que eu vou te levar para casa - diz me puxando pela mão como se eu fosse uma criança.

Diana: bom, então eu já vou, cuidado vocês duas hein.

Depois desse quase acidente não teve mais discussão das duas. Nos despedimos e fomos para casa.

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora