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O restante da semana passou e o fim de semana chegou.

Cecília acordou com o barulho de mensagens chegando no seu celular. Eram muitas mensagens, ela então ficou curiosa para ver.

WhatsApp on
[Mais que amigas friends]

Diana: Meninaaaas, nós vamos né?

Fátima: Pra onde maluca?

Diana: Festa do Felipe, vc não viu as mensagens lá do grupo da faculdade?

Diana: mensagem encaminhada
Felipe: Festa hoje na minha house, a partir das 20hr, tá todo mundo convidado
Felipe: Eu vou comprar bebidas mas se alguém quiser levar uma da sua preferência, se sintam a vontade
Felipe: See you in the party

Fátima: A GENTE VAI SIIIIM

Diana: Vou perguntar se pode levar acompanhante, assim eu chamo o Inácio

Fátima: Se puder levar, a Cecília bem podia convidar o Cristóvão né? 🌚

Diana: Falando nela, cadê ela que não apareceu por aqui ainda hein

Cecília: Eu tava dormindo, acordei com as mensagens chegando

Diana: PODE LEVAR UM ACOMPANHANTE

Fátima: Cecília chama o Cristóvão pleaseee 🥺

Cecília: Eu nem sei se vou

Diana: Ah vai sim! Hoje a gente vai balançar muito nosso esqueleto

Fátima: Já faz um tempão que a gente não sai pra uma festinha amiga, vamos vai

Cecília: Vou pensar e depois dou uma resposta pra vocês tá bom?

Fátima: Tá bom então

Diana: Já vou dizendo logo que não aceito não como resposta

WhatsApp off

Cecília levantou, fez sua higiene matinal e foi tomar seu café da manhã.

Na cozinha.

Dulce: bom dia, meu anjo.

Cecília: bom dia, vovó. E a mamãe?

Dulce: saiu, mas disse que volta logo.

Cecília: Vou fazer uma vitamina de banana, toda vez que tomo café fico enjoada.

Dulce: deixa que a vovó faz para você.

Cecília: não precisa vó.

Dulce: precisa sim, - diz já pegando a banana e cortando no liquidificador.

Cecília era a única neta de Dulce, e por isso ela estava sempre querendo mima-la como se ainda fosse uma criança.

Mais tarde, Cecília saiu para trabalhar. Como era sábado, o shopping estava lotado e a loja estava bem agitada de clientes.

Quando terminou de cumprir seu horario de trabalho, ela foi para o refeitório do shopping comprar um lanche, estava desejando comer um hambúrguer do McDonald's. Ao comer o lanche, ela foi para casa.

Em casa, ela resolveu perguntar a opinião de sua mãe sobre ela ir ou não a tal festa.

Cecília: Mãe, um amigo da faculdade vai fazer uma festa na casa dele hoje, tô em dúvida se vou ou não. O que você acha?

Ana: vai sim, filha. Você só estuda e trabalha, precisa se divertir um pouquinho.

Cecília: então eu acho que vou.

Ana: vai e se diverte muito.

Cecília mandou mensagem pro Cristóvão o convidando e ele topou na mesma hora.

1 hora mais tarde, Cristóvão foi buscar Cecília em casa e assim seguiram para a festa.

Chegando na festa, Cecília avistou as amigas de longe e foi até elas.

Fátima: amiga que bom que veio! - diz contente.

Diana: você nem avisou se vinha ou não, achei que tinha decidido não vir.

Cecília: queria fazer surpresa.

Fátima: e que surpresa você fez... - sorrir para Cristóvão.

Diana apresenta Cristóvão ao namorado e vice-versa. Os dois se cumprimentam.

Inácio: vamos ali pegar uma bebida?

Cristóvão: só se for agora.

Diana: Já que os dois foram beber, vamos dançar! - puxou as amigas para o meio das outras pessoas que também estavam dançado.

Eles dançaram por um tempo sozinhas, até Inácio vim e puxar Diana para dançar. Cristóvão então ficou com Fátima e Cecília.

Cecília: eu cansei, vou sentar um pouquinho - mentiu para deixar os dois a sós.

Ela então foi sentar no sofá, que estava em um local um pouco afastado de onde todos dançavam. Ficou ali mexendo no celular, até ouvir alguém pronunciar seu nome.

Estefânia: Cecília? lembra de mim?

Cecília: lembro sim. Estefânia, irmã do Gustavo né?

Estefânia: isso mesmo, a gente precisa conversar depois hein.

Cecília: claro, quando você quiser. Não esperava encontrar você por aqui.

Estefânia: eu vim como acompanhante, a Amanda me convidou.

Cecília: ah sim, também trouxe acompanhante mas ele tá meio ocupado agora.

As duas riram.

Estefânia: se quiser posso te fazer companhia.

Cecília: não precisa, vai lá curtir a festa.

Estefânia: tudo bem, se quiser dançar é só chegar lá no nosso grupinho, - apontou para uma roda de gente dançado.

Cecília: tá certo, obrigada.

Estefânia saiu e Cecília continuou ali. Não demorou muito ate outra pessoa se aproximar dela, dessa vez era um de seus colegas .

Andre: enfim te encontrei sozinha, vamos dançar?

Cecília: só vamos! Cansei de ficar aqui abandonada.

O rapaz riu e a puxou para onde todos dançavam.

Tava tudo indo bem, até o perfume dele virar um problema e lhe causar enjoos. Cecília tentou aguentar até a música acabar para inventar uma desculpa qualquer, mas o enjoo vinha cada vez mais forte e ela não aguentou. Correu procurando o banheiro mais próximo, se tivesse demorado mais um pouco, ela teria vomitado ali mesmo, nos pés do seu colega.

O rapaz não entendeu nada, mas percebeu que ela não estava se sentindo bem, então a seguiu.

Do lado de fora do banheiro, ele batia na porta enquanto perguntava se estava tudo bem.

Andre: Cecília, me responde, você tá bem? O que aconteceu?

Cecília: tá tudo bem, André, não se preocupe.

Andre: mas você saiu correndo e tá vomitando, como pode esta bem?

Cecília: deve ter sido algo que eu comi antes de vir, já ja eu melhoro. Pode voltar pra festa, eu não vou sou uma boa companhia no momento.

Andre: tem certeza, Cecília?

Cecília: tenho, pode ir.

Andre: tá bom então, mas se precisar de ajuda é só chamar.

Cecília: tá bom.

Depois que todo o enjoo passou, Cecília levantou e lavou a boca na pia, em seguida ficou encarando o espelho e vendo algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Até quando ela ia ficar se sentindo assim? Com essa tristeza, como se sua vida não fizesse mais sentindo. Ela se sentia fraca, como se seu corpo tivesse sido invadido por esse bebê, trazendo com ele todo esse mal-estar que uma gravidez causa. Ela já não aguentava mais aquilo e ainda estava apenas no começo.

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora