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Chegando em casa, Gustavo subiu direto para o seu quarto. Ao entrar, da de cara com sua irmã, uma Estefânia brava e muito séria.

Gustavo: nem começa Estefânia, eu já estou cheio desse assunto por hoje!

Estefânia: e você pensa que é assim? Estou cheio desse assunto por hoje e vai ficar por isso mesmo? É de um filho que estamos falando Gustavo, é uma coisa pra vida toda!

Gustavo: eu sei! Eu sei tá?! Por que você acha que eu estou tão nervoso? Eu sei o tamanho da burrada que eu cometi!

Estefânia: então para de continuar errando! Faz as coisas certas a partir de agora.

Gustavo: eu tô tentando, mas não tem como conversar com aquela garota. Eu fui lá, tentei falar com ela e ela me mandou embora e não voltar mais!

Estefânia: alguma coisa de errado você deve ter falado.

Gustavo: tá vendo?! Vocês tão sempre pensando mal de mim, tão sempre me julgando...

Estefânia: e eu estou errada?

Gustavo: não, eu falei uma coisa que deixou ela com raiva, mas não foi pra tanto, ela que é nervosinha demais.

Estefânia: aí Gustavo, você é um tonto mesmo né? - revira os olhos. - tenta falar com ela de novo, vocês precisam se entender.

Gustavo: ela não quer mais me ver nem pintado de ouro.

Estefânia: eu posso da uma ajudinha.

Gustavo: se você soubesse quem é a garota... - ele deixa um sorrrisinho sapeca escapar. - lembra daquela garota que eu quase atropelei na frente da sua universidade?

Estefânia: não vai me dizer que é ela?!

Gustavo: a própria!

Estefânia: essa garota tem milhões de motivos pra te odiar, fazer ela se entender com você vai ser uma missão difícil.

Gustavo: missão impossível você quis dizer né?

Estefânia: você vai ver que não. Agora me diz, o que a mamãe falou com você?

Gustavo: sinceramente, ela foi bem fria, não brigou muito mas o pouco que ela me falou não saiu da minha cabeça. Posso te confessar uma coisa?

Estefânia: pode, juro que vai ser nosso segredo.

Gustavo: eu estou com medo.

O silêncio se instalou no quarto.
Estefânia apenas abraçou o irmão.

Estefânia: vai ficar tudo bem, mamãe deve tá decepcionada agora, mas ela nunca deixaria você sozinho nessa. Você também tem a mim, tá bom? - ela saiu do abraço e o encarou com um sorriso.

Depois dessa breve conversa, Estefânia saiu e deixou Gustavo sozinho com seus pensamentos.

Mais tarde, na casa de Cecília.

Já era noite, Cecília estava a espera de Diana, que vinha lhe buscar para irem juntas a casa de Fátima. Os pais da garota estavam viajando e ela chamou as amigas para lhe fazerem companhia.

Diana chegou e buzinou para avisar a amiga que ja estava ali.

Cecília: mamãe, vovó, estou indo.

Ana: ta bom meu amor, se cuide.

Dulce: divirta-se, minha linda.

Cecília: obrigada, vovó. Tchau meus amores.

Se despediu e foi embora com Diana.

Chegando na casa de Fátima, as três já foram logo preparando várias guloseimas para passarem a noite comendo.

Depois, subiram para o quarto de Fátima levando tudo que haviam preparado.

Passaram a noite assim, comendo e fofocando.

Cecília: nem contei a vocês, Gustavo me procurou hoje.

Fátima: Gustavo pai do bebê? - perguntou um tanto surpresa.

Diana: claro né! Que outro Gustavo poderia ser? - Fátima fez careta para ela e ela retribuiu com outra. - tá mas conta pra gente, ele é gato?

Fátima: aí Diana, pelo amor de Deus!

Cecília: muito gato, mas o que tem de bonito tem de babaca. Vocês conhecem ele.

Fátima: eu não conheço nenhum Gustavo.

Diana: também não conheço.

Cecília: o irmão da Estefânia, o mesmo que quase me atropelou em frente a universidade.

Fátima: me amarrota que eu tô passada!

Diana: aí que belezinho sortudo, já vai nascer com a vida toda ganha.

As três riram do comentário.

Elas passaram um tempo conversando sobre o assunto e depois foram dormir, afinal, teriam aula no dia seguinte.

Durante a madrugada, Cecília acordou muito aperta e correu para o banheiro.

Ao terminar de fazer xixi, olhou para o vaso e viu sangue, muito sangue. Olhou para suas pernas e também estavam sujas de sangue. Cecília sentiu seu coração acelerar e sua respiração falhar, uma tontura forte bateu e tudo ficou preto. Ela desmaiou no chão do banheiro.

Nesse momento, Cecília abriu os olhos completamente assustada, sua respiração estava ofegante. Rapidamente ela sentou na cama e tirou o cobertor, conferindo se não havia mesmo sangue em suas pernas.

Ao perceber que tudo não passou de um pesadelo, ela levantou e foi ao banheiro. Fez xixi e só para ter certeza, olhou para ver se não havia sangue no vaso. O pesadelo lhe deixou muito assustada. Depois ela voltou para cama e dormiu novamente.

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora