Uma hora depois....
Fátima chega ao hospital junto com Fabiana.
Fátima: como ela tá tia?
Ana: ela ta melhor, colocaram ela no soro, quando acabar vamos poder ir pra casa.
Fátima: ai que bom.
Ana: agora me contem tudo, eu sei que vocês sabem - elas se encaram e depois voltam a olhar para ana. - não me olhem com essa cara, eu sei que vocês sabem de tudo!
Fabiana: melhor você sentar, a história é complicada.
Ana: o pai do bebê é casado?
— NÃO! - Fátima e Fabiana falaram juntas.
Fátima: tia lembra quando a Cecília foi naquela consulta do ginecologista? - Ana assentiu. - então, naquele dia ouve uma confusão na clínica, uma infermeira tocou o prontuário da Cecília com de uma moça que ia fazer uma inseminação...
Ana ficou paralisada tentando processar tudo que acabou de ouvir.
Ana: então quer dizer que minha filha tá grávida por conta de um erro de uma enfermeira irresponsável?
Fabiana: isso mesmo, e pra piorar a situação, o pai do bebê é um idiota.
Fátima: Fabiana!
Fabiana: ué eu menti?... tia, o médico disse que conversou com ele e ele disse que ia procurar a Cecília, mas ele nunca fez isso, desapareceu e não deu mais notícias!
Ana: ah mais eu vou procurar ele, nem que eu tenha que ir até no inferno atrás dele mas eu vou acha-lo!
Fabiana: aí é que tá, a Cecília não quer nem saber de ouvir falar o nome dele.
Ana: depois, quando a Cecília tiver melhor, eu vou conversar com ela, isso não pode ficar assim.
(...)No dia seguinte...
Cecília já estava em casa, ela decidiu não ir pra faculdade hoje, ainda estava muito abalada pelos últimos acontecimentos.
Ana: filha precisamos conversar - diz entrando no quarto de Cecília.
Cecília: não quero falar sobre isso ainda, mãe.
Ana: eu sei que deve tá sendo difícil pra você, mas conversar sobre isso agora, amanhã, daqui uma semana, de qualquer forma vai ser difícil e você não vai se sentir preparada, mas nós temos que falar sobre isso de qualquer forma.
Cecília: tá então você quer falar de como a minha vida acabou? Ok então vamos falar!
Ana: claro que não Cecília, não fala besteira. Vem senta aqui - chama ela pra sentar ao seu lado na cama. - as meninas me contaram tudo.
Cecília: fofoqueiras!
Ana: não fala assim, fui eu quem pediu pra elas contarem e eu acho que devemos ir atrás desse rapaz que é o pai do bebê.
Cecília: não! Nem pensar - levanta da cama. - eu proibo você de procurar ele, eu não quero saber nada dele.
Ana: e você acha justo criar essa criança sozinha?
Cecília: eu não quero esse bebê, mãe.
Ana: e você acha que porque você não quer, ele simplesmente vai sumir? Você não tá pensando em... olha aqui Cecília, nem pense numa coisa dessas, eu jamais permitiria.
Cecília: claro que não mãe! Eu também não teria coragem de chegar a tanto, eu poderia dar para adoção, tem muitos pais aí louco por um bebê e não podem ter, mas eu não quero ele, eu não pedi por ele...
Ana: você tá falando isso agora, porque ainda não conseguiu assimilar tudo, mas quando ele começar a crescer dentro de você e você comecar sentir ele se mexer, aí eu quero ver se você vai continuar pensando assim. - ela termina de falar e sai do quarto.
Cecília: eu não vou me apegar a esse bebê, ninguém pode se apegar a algo que não é seu.
Mais tarde, quando Ana saiu da escola onde trabalhava, ela decidiu ir até a tal clínica.
Chegando lá, teve que esperar um pouco pois o médico estava com paciente, mas logo em seguida ela foi atendida.
No consultório do médico.
Médico: então você é a mãe da Cecília? Sente-se, por favor, me deixe explicar tudo.
Ana: bom, eu não vim para brigar e nem fazer escândalo, nada disso vai fazer a vida da minha filha ser o que era antes.
Médico: eu imagino como deve tá sendo difícil...
Ana: não, você não imagina, ela tá arrasada, ela tinha sonhos, ela tinha metas e agora ela acha que tudo isso acabou.
Médico: eu sinto muito, de verdade.
Ana: então se você sente mesmo, eu quero que você me passe todas as informações do pai desse bebê para que eu possa encontra-lo, eu não vou deixar ela enfrentar essa barra sozinha.
Médico: o problema é...
Ana: não venha me dizer que é confidencial, que a clínica não pode passar esse tipo de informação, por que isso é o mínimo, que vocês devem fazer pela gente!
Médico: calma, não é nada disso, o problema é que não temos muitas informações, mas eu sei o endereço da empresa da família, serve?
Ana: qualquer coisa é melhor que nada.
Ana pegou o endereço e foi embora da clinica.
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DE REPENTE GRÁVIDA
RomanceGustavo Larios, irresponsável, arrogante e ambicioso. Aos 25 anos leva uma vida de adolescente, sem se importar com nada, passando por cima de quem for pra conseguir o quer, mas tudo muda quando seu pai morre e algo totalmente inesperado acontece, f...