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Duas semanas depois...

No decorrer dessas duas últimas semanas, Nicole e eu fomos atrás de falar com Veronica, a tal garota que estava desempregada. Ao princípio, ela não estava muito de acordo com os nossos planos, mas quando ela viu a quantidade de zeros que tinha no preço que eu estava disposto a paga-lá para ser nossa barriga de aluguel, ela aceitou sem pensar duas vezes.

Antes de marcar o dia para a inseminação, Nicole levou ela a uma clínica para fazer alguns exames e saber se seu corpo estava saudável para levar uma gravidez adiante, sem nenhum problema. Os resultados dos exames foram excelentes e o médico disse que com esse resultado, a probabilidade da inseminação não da certo era bem pequena. Eu e Nicole estávamos otimistas, nosso plano estava dando certo e tudo estava correndo como a gente queria.

O dia da inseminação chegou, Nicole ficou de ir com ela na clínica para fazer o procedimento. Eu achei melhor não ir para que a garota não ficasse desconfortável com a minha presença.

Pov. Cecília

Hoje eu acordei super nervosa, metendo os pés pelas mãos, com a cabeça flutuando e pensando apenas em uma coisa... era o dia da minha consulta com o ginecologista. É a minha primeira vez no ginecologista e eu estava tão nervosa que nem prestei atenção na aula direito.

Minha mãe suspeita que eu estou com algum problema hormonal, por conta que minha menstruação está totalmente desregulada e já faz uns meses. Ela usou um dinheiro que tinha guardado semente para emergências para pagar essa consulta com um bom médico, tudo para que eu me sentisse mais confiante e confortável. Não gostei dela ter gastado esse dinheiro, até porque não deve ser nada sério e de qualquer forma isso não vai me fazer ficar menos nervosa.

Fiquei de encontrar minha mãe na clínica, me despedi das meninas e depois peguei um ônibus. Quando estava no caminho minha mãe me liga.

Ligação on

Cecília: oi mãe.

Ana: meu amor, teve um probleminha aqui com uns alunos e o diretor pediu para que eu ficasse, não vou poder acompanhar você na consulta.

Cecília: ah não, mãe! - digo indignada. - não acredito que você vai me deixar ir sozinha.

Ana: qual o problema? Não é um bicho de sete cabeças não, é só uma consulta, filha.

Cecília: eu sei, mas eu tô nervosa...

Ana: tá e cade a filha valente, corajosa e super independente que eu tenho?

Cecília: deve ter ficado em casa dormindo porque essa aqui estava roendo as unhas!

Escutei uma risadinha dela do outro lado da linha.

Ana: quando você chegar lá vai ver que não têm nada de demais, coragem okay?! Tenho que desligar agora.

Cecília: tá bom, tchau.

Ana: tchau, meu anjo.

Ligação off

Ótimo agora eu tenho que encarar isso sozinha, não podia está mais feliz.

O ônibus parou em uma rua perto da clínica, eu não sabia qual seria sua próxima parada então desci ali mesmo e fui o resto do caminho a pé.

Chegando na clínica fui falar com a atendente que ficava logo perto da entrada.

Atendente: olá moça, como posso lhe ajudar? - perguntou quando eu me aproximei.

Cecília: eu tenho uma consulta com o doutor Vicente Alves e queria saber se ele já começou a atender.

Atendente: qual seu nome?

Cecília: Cecília Santos.

Atendente: só um segundo... - ela digitou algo no computador e depois voltou a falar comigo. - aqui achei seu nome, tem duas pessoas na sua frente, preencha essa ficha por enquanto e depois me devolva tá bom? - me entregou uma folha e uma caneta.

Caminhei até o local onde as pessoas esperavam para serem chamadas, sentei ao lado de uma mulher que também estava preenchendo uma ficha.

Quando terminei, fui entregar para a atendente e voltei para o mesmo lugar que estava antes.

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora