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Estefânia subiu até o quarto de Gustavo para conversar com ele.

Ela bateu duas vezes e abriu a porta.

Estefânia: podemos conversar?

Gustavo: eu não quero falar sobre a Cecília.

Estefânia: por que você não me contou? - sentou perto dele na cama.

Gustavo: sei lá, no fundo eu sentia esperança dela mudar de ideia, - ele falou de cabeça baixa, sem encarar sua irmã.

Estefânia: essa decisão que ela tomou é bem difícil, a situação é difícil, mas acho que se tem uma pessoa que pode mudar isso é você.

Ele finalmente encarou Estefânia com uma pontinha de esperança no olhar.

Gustavo: como eu faço isso?

Estefânia: ah Gustavo, aí é com você né?! Tem que ser sincero e verdadeiro para da certo, então a iniciativa tem que vir de você e não de outra pessoa.

Gustavo: eu não sei nem por onde começar.

Estefânia: você poderia ser bom para fazer as coisas certas da mesma forma que é bom em arrumar problemas. Pensa em como você pode conquistar a confiança dela, começa por aí...

Gustavo: eu vou tentar me aproximar dela.

Estefânia: isso mesmo, já é um bom começo.
.
.
Dias depois.

Cecília estava lanchando com suas amigas durante o intervalo das aulas, quando recebeu uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido.

WhatsApp on
[Número desconhecido]

X: Cecília, não vai esquecer da consulta hoje.

Cecília: Gustavo?

X: o próprio!

Cecília: como conseguiu meu número? Foi a Estefânia que te deu?

X: roubei do celular dela.

Cecília: eu disse para ela que celular sem senha não dá certo.

X: que bom que ela não te escutou.
Preciso ir uma reunião agora, nos vemos na clínica.

Cecília: ok.

WhatsApp off

Fatima: descobriu quem era?

Cecília: o Gustavo lembrando da consulta.

Estefânia: juro que não foi eu quem deu para ele.

Cecília: ele disse que roubou do seu celular.

Diana: huuum então ele queria seu número é?

Cecília: não começa Diana.

Mais tarde, na saída da universidade.

Gustavo estava encostado no seu carro em frente a universidade, esperando Cecília sair, quando a garota o viu ali, caminhou até ele.

Cecília: a gente não tinha combinado na clínica?

Gustavo: você prefere ir de ônibus ou de carro?

Cecília não respondeu, apenas entrou dentro do carro e Gustavo sorriu, já esperando essa atitude dela.

Os dois foram em silêncio em quase todo o caminho, até Gustavo o começar com suas perguntas.

Gustavo: você fez os exames que médica pediu?

Cecília: sim.

Gustavo: você vai contar sobre o sangramento?

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora