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Um pouco depois que Nicole foi embora, Dulce chegou em casa e logo em seguida chegou Ana.

Cecília saiu do banho e se trocou, depois foi almoçar com sua mãe e sua avó.

Na cozinha...

Ana: aconteceu alguma coisa filha? Você mal tá tocando na comida.

Dulce: está um pouco palida também, tá se sentindo bem?

Cecília: eu estou bem, não aconteceu nada, não se preocupe. É só uma dorzinha de cabeça.

Ana: tem certeza que é so isso? Não esconde nada da gente Cecília.

Cecília: é so uma dor de cabeça mãe, não é nada demais.

Dulce: Cecília quando vai entender que está grávida e ficar se sentindo mal não é um bom sinal?

Cecília: meu Deus como são exageradas.

Ana: não é exagero fi...

Ana para de falar quando ouve alguém batendo na porta e chamando pela Cecília.

Ana: é para você, vai lá atender.

Cecília: se for quem eu estou pensando, ele vai me ouvir.

Na sala... Cecília abre a porta e era exatamente quem ela estava imaginando, Gustavo.

Gustavo: nossa isso tudo é felicidade? - debocha quando ver ela de cara fechada.

Cecília: eu queria mesmo falar com você.

Ela da espaço e Gustavo entra.

Gustavo: aproveitei o horário de almoço para comprar as vitaminas e trazer pra você.

Cecília: então você tá aproveitando essa vida de ser o chefão da empresa? Tá desfrutando da sua vitoria?

Gustavo: do que você tá falando Cecília?

Cecília: eu já sei de tudo, sua noivinha veio aqui só para me contar tudo.

Gustavo: como assim? A Nicole nem sabe onde você mora.

Cecília: eu não sei como ela descobriu, mas veio até aqui e me contou o motivo pelo qual você tanto desejava ter um filho. Você não sabe o ódio que eu estou sentindo de você.

Gustavo: eu não tenho culpa pelo que aquela enfermeira fez, foi ela quem trocou os prontuários.

Cecília: se você não tivesse a estúpida ideia de ter um filho por conveniência eu não estaria carregando um bebê de um completo idiota, - ela já estava bem exaltada. - a sua ambição estragou a minha vida e ainda por cima você queria acabar com a vida de um inocente.

Gustavo: você só pode tá ficando maluca, alguma vez eu pedi pra você abortar esse bebê?

Cecília: você não, mas sua noiva sim! E eu não duvido nada que isso foi combinado com você.

A essa altura os dois já estavam gritando um com o outro.

Ao ouvirem a discussão, Ana e Dulce correm para sala.

Dulce: que gritaria é essa?

Ana: por que vocês estão brigando desse jeito?

Os dois ignoraram elas completamente e seguiram a discussão.

Gustavo: acho engraçado você falar do meu comportamento quando você também já fez coisas muito erradas que podiam prejudicar a gravidez, como quando você tomou um frasco inteiro de remédio e foi parar no hospital ou como no dia que você bebeu tanto que mal conseguia caminhar sozinha.

Nesse momento Cecília sentiu seu sangue ferver, ela voou pra cima dele e começou a estapia-lo.

Cecília: você não tem o direito de julgar minhas atitudes, o idiota aqui é você, o único culpado por tudo isso, - ela falava enquanto estapeava ele.

Dulce e Ana tentaram afastar ela de perto dele, não foi uma tarefa fácil, mas elas conseguiram.

Cecília: você nao tem a menor ideia de como eu me sinto, então nunca mais jogue isso na minha cara.

Cecília já estava se tremendo toda só da raiva que ela estava sentindo.

Ana: Gustavo é melhor você ir embora, a Cecília está muito nervosa e você também, isso não é bom para nenhum dos dois.

Gustavo: acho melhor eu ir mesmo. Vou deixar as vitaminas aqui.

Ele deixou as vitaminas no sofá e saiu.

Ana: Mãe pega um copo de água pra ela se acalmar um pouco.

Cecília: eu não quero água nenhuma, só quero ficar sozinha.

Ela foi para o quarto e se trancou lá.
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Meia hora mais tarde, ela sai do quarto pronta para ir trabalhar.

Ana: você tem certeza que tá bem para ir trabalhar?

Cecília: sim, eu acho.

Ana: melhor você não ir hoje, filha.

Cecília: eu vou sim, vai ser melhor do que ficar em casa pensando no que aconteceu.

Ana: tudo bem, mas se você se sentir mal, seja lá o que for, me ligue que eu vou te pegar.

Cecília: tá bom, agora eu preciso ir.

Ana: leva pelo menos uma frutinha já que você comeu tão pouco.

Cecília: tô meio enjoada, não tô com vontade de comer nada.

Ana: ta, então bom trabalho meu amor.

Cecília: pra você também.

Se despediu e saiu.

Chegando no shopping, ela foi direto para a loja que trabalhava.

A tarde estava passando bem tranquila, só quem não estava tão tranquila assim era Cecília. De tanto ficar para lá e para cá na loja já estava começando a ficar tonta, a dor de cabeça que sentia mais cedo não passou, muito pelo contrário, só piorou, isso tudo por causa do estresse que passou Nicolee depois com Gustavo.

A quantidade de clientes diminuiu e Cecília aproveitou para se sentar um pouco.

Clara: tá tudo bem com você, Cecília?

Cecília: mais ou menos, tô me sentindo meio tonta com uma dor de cabeça de matar e ainda por cima comecei a sentir cólica.

Clara: se você quiser ir embora não tem problema, a gente cobre você por hoje.

Cecília: não precisa, eu aguento até o final do expediente.

Clara: olha lá, chegou mais clientes.

As duas levantaram para ir atende-las.

Clara: xiii amiga, acho que descobri qual o seu problema.

Cecília: como assim?

Clara: sua menstruação desceu, - sussurrou.

Cecília: o que...? - sua voz saiu falha. Ela olhou para o fundo da calça e estava toda suja de sangue. Cecília piscou algumas vezes para ter certeza que não era um pesadelo como da outra vez, mas não era. Seu coração acelerou como se fosse sair pela boca, suas mãos tremiam e estavam suando. Instantaneamente ela levou suas mãos trêmulos e suadas até seu ventre e desceu seu olhar na mesma direção. - não... não pode ser, - sua voz saiu como um sussurro.

DE REPENTE GRÁVIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora