Ninguém

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Kitana ficou um tempo ali sentada na escada, seu estomago estava embrulhado, mas ainda assim ela se forçou a comer o pão, depois disso enxugou as lágrimas e tratou de cuidar do seu serviço, era a única coisa que podia fazer

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Kitana ficou um tempo ali sentada na escada, seu estomago estava embrulhado, mas ainda assim ela se forçou a comer o pão, depois disso enxugou as lágrimas e tratou de cuidar do seu serviço, era a única coisa que podia fazer. Não perdoar Shao Kahn por fazer o shaolin odiá-la entrava definitivamente em sua lista, não tinha ideia do que fazer para concertar o que havia se rompido entre eles, mesmo que jamais se passassem ideias românticas por sua cabeça, ela ainda o queria bem como a um bom amigo. Talvez precisasse de tempo? Como Jade havia dito, ele perceberia que elas também foram enganadas e usadas novamente como ferramentas e as coisas ficariam melhores, não deixou de sorrir para si mesma com o pensamento.


Jade pensou que morreria quando a chefe das servas lhe passou a tarefa do dia, lavar o tapete do salão social do palácio, era naquele salão que ocorriam os grandes banquetes e festas. E ela teria que arrastar o tapete até um dos pátios sozinho, assim como molhá-lo, esfrega-lo e enxaguá-lo também. Respirou fundo, pensou três vezes na frase "eu consigo fazer isso" era sua única tarefa no dia por enquanto, não era para menos com o tamanho daquele tapete. Mesmo assim ela começou a tarefa sem reclamar. Enquanto arrastava o pesado tapete pensava em Kotal.... Não tinha nenhuma notícia, nada, ninguém falava nada. Ela só queria saber se ele estava vivo, aquela informação bastaria para acalmar um pouco seu coração.


Liu tentava esquecer aquela conversa de mais cedo com a princesa, o que menos queria era se estressar repetidamente por conta dela. Pelo menos com o trabalho cansava seu corpo e toda vez que chegava na pedreira ele observava, para ver se não havia nenhum rosto conhecido, se não ouvia nenhuma voz. Não ter notícias de ninguém mais era torturante, quase quanto os próprios pensamentos.


Almoço.


− Onde está Jade? – Kitana perguntou normalmente ao cozinheiro, geralmente naquele horário a amiga já estava por ali comendo sua refeição.

− Eu sou chefe das servas para saber? – Rebateu a encarando.

− Eu deveria ter explodido a sua cozinha mais vezes. – Irônica. Sua primeira e única tentativa de cozinhar resultou em um enorme desastre na cozinha, os dois se lembravam bem disso, ela pela vergonha e o cozinheiro pelo estresse.

− Pegue a sua comida e a do escravo e saia logo das minhas vistas. – Praticamente ordenou, Kitana mordeu a língua para não responder, se falasse muito era capaz de acabar sem as duas porções de comida. Ela colocou tudo na cesta sob a supervisão de um dos ajudantes e saiu, no caminho de volta para fora ela observava para ver se via a morena, mas não a encontrou.

Quando ela chegou a pequena torre Liu estava novamente sentado na escada, esperando. Não se sentia encorajada para falar nada, apenas colocou a cesta ao lado dele.

− Por que não tem carne no seu prato? – Perguntou simples e sem a olhar.

− Hum? O imperador disse para não me darem, pois gosto muito. – Respondeu. Ele acabou a encarando.

LiúniánOnde histórias criam vida. Descubra agora