Liu Kang comeu pouco no almoço, mal conseguia pôr em palavras o que estava sentindo e decidiu não falar mais sobre aquilo com a princesa, não queria que ela se preocupasse e tivesse alguma ideia estúpida como invadir a biblioteca ou pior o laboratório do feiticeiro. Mas ele sozinho não tinha poder para nada, qualquer coisa era impossível, suspirou.
Ela também não falou muito, era melhor deixa-lo quieto, foi um milagre não ter ouvido nada mau e pretendia manter as coisas daquela forma, então enquanto ele comia ela foi arrumar umas coisas no lugar.
De noite quando Kitana estava saindo para ir para o palácio ela encontrou Sheeva fora da pequena torre, suas pernas tremeram, mas ela não antecipou a conversa da shokan, para não delatar Mileena.
− Princesa. – Se curvou levemente.
− Sabe que não precisa mais disso. – A de cabelos negros respondeu simples. – O que você faz aqui? – Perguntou logo, não queria realmente ouvir as palavras que a jovem disse sendo repetidas, observou a maior olhar de um lado a outro.
− Eu vim conversar. – Simples. – Não sei se tem alguma informação sobre nosso estado, mas as coisas estão piorando.... Anexar o Plano Terreno foi um erro, sem planejamento, espaço, recurso. – Listou. – Por favor, lidere uma rebelião. – Sheeva pediu.
− Não posso. – Respondeu logo.
− Você conhece todos os nossos povos, tanto nossas fraquezas quanto pontos fortes e é parecida com os terrenos fisicamente, eles confiarão em você. – A mulher explicou, mas observou a jovem rir, um riso debochado.
− Os terrenos me odeiam, não tem chance de confiarem em mim e me seguirem. – Lembrou a olhando.
− Eu atesto que em todas as reuniões nunca lhe ordenaram nada, que o imperador apenas usou você, sem o seu conhecimento. – Séria.
− Sheeva, você parou para se ouvir? É impossível derrota-lo agora! Nenhum de nós tem força para isso e excluindo ele, tem o exército, soube que os terrenos do clã Lin Kuei servem a ele, agora todos máquinas, que chance um grupinho teria? – Questionou a encarando. – Eu não aguento mais, não entende? Não suporto mais passar por isso, eu tentei uma vez e olha só o que deu, meus amigos estão sofrendo por minha causa, morrendo, os povos.... Sou incapaz e indigna de liderar qualquer coisa. – Séria.
− Desculpe. – A mulher disse de cabeça baixa. – Sua mãe era maravilhosa, no pouco tempo que ficou aqui eu devia minha vida a ela e..... Não pude fazer nada quando. – Se calou. – Desculpe por nunca ter feito nada, é isso o que Shao Kahn quer, não percebe? Que tenha medo, medo de se levantar e lutar. Foi isso o que ele fez a vida inteira. Me perdoe por nunca ter feito nada quando ele a obrigava a treinar até seus ossos se partirem, quando afastava amigos e animais aos quais você tinha carinho e confiança.... Você é a única que pode fazer a nós e os terrenos nos entendermos de forma tática. – A olhava.
− Fala nós como se trouxesse o exército shokan com você. – Séria, mas quase tremia, parte de si queria dizer que sim, juntar a todos, criar planos, roubar armas.... Mas outra parte estava machucada demais para se levantar.
− Algumas pessoas. – Respondeu firme. – Escute, não tem que me responder agora. Eu sou membro da corte, tenho acesso a informação, precisamos de uma rede maior é verdade, pois não entendo como as fábricas terrenas funcionam, nem armas. E o imperador tem domínio sobre as fábricas de armas, mais o clã que mencionou. Apenas pense, converse com o menino ou senhorita Jade, tenho certeza que muitos querem vingança, juntos talvez possamos pensar em uma maneira de vencer. Apenas pense, eu voltarei a entrar em contato com a senhorita. – Tranquila.
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Liúnián
FanfictionShao Kahn finalmente havia conseguido o que almejara por milênios, conquistar o Plano Terreno, mas em uma estratégia sádica ao invés de matar seus inimigos, condenou-os a vidas de servos e escravos em seu império, para que todos vissem de perto sua...