A Comemoração

83 7 8
                                    


Jade percebeu o ar agitado de Mileena naquela manhã, perguntou se algo preocupava a jovem, mas Mileena rapidamente desconversou dizendo que não era nada, só estava curiosa para saber como a irmã estava indo, havia posado na academia, quem sabe não lhes haviam feito uma festa ao algo assim? A morena sorriu com a ideia, elas tinham que comemorar quando Kitana voltasse e a jovem pensou um "se voltasse".

Por enquanto a corte ainda não havia desconfiado de nada, achavam que a imperatriz só tinha ido ver o campeão e aproveitado para resolver os acordos de paz formais como as duas mulheres haviam sugerido.


Os quatro homens e mais dois mestres seguiram a imperatriz, era mais seguro eles realmente entrarem por um portal aberto por ela e seguiam como ela explicou que a guarda imperial ficava disposta.

Os demônios olhavam, mas obviamente tinham ordem para não serem hostis com os convidados.

Bi-Han e Kung Lao estavam no salão onde o feiticeiro aguardava, o segundo com uma expressão nada agradável, não podia entender porque simplesmente ele não lhe deixava matar aqueles dois, esmaga-los sob seus pés, mas não, deixava a mulher chegar lá desfilando como sempre, para tratarem de alianças.

− Kitana Kahn, como é bom vê-la. – Quan Chi animado, ela sorriu, engolindo todo asco que tinha dele.

− Obrigada por me receber. – Educada.

− Sente-se. – Pediu simples, havia uma mesa feita de ossos no salão, em seu topo haviam os papeis com o acordo por escrito e um tinteiro com caneta de pena vermelho sangue. Ela se acomodou e os homens fizeram uma formação atrás dela como ela havia repassado com eles no dia anterior.

− Fiquei feliz que você e Mileena Kahn tenham mudado de ideia. – Comentou.

− Toda a corte concordou é claro, o povo se sente mais seguro. – Mentiu, pegou os papeis para poder ler os termos do acordo, não gostava nada de como os dois corrompidos olhavam desconfiados para a guarda, energia não era algo fácil de esconder e nesse sentido os quatro chamavam muita atenção.

− Eu sei de tudo o que passaram, que a senhorita tem apego pelos terrenos que conheceu, mas como viu eles são um Reino incapaz de proteger seu povo, tudo o que conseguiram se deve mais a você e os soldados exoterranos do que aos humanos. – Explicou tranquilo, ela apertou os dentes para não demonstrar a raiva nas mãos, não viram do que todos eles eram capazes, do feitiço que Johnny realizou sozinho, um feitiço que levava tempo e prática para ser aprendido, os ninjas na fábrica, se pondo contra suas famílias, as crianças não desistindo da luta por medo e a coragem de Liu Kang trancado naquele salão!

− É claro. – Kitana respondeu sem muito interesse enquanto ainda tinha os olhos sob o papel. Quando feiticeiro bateu com as mãos na mesa a mulher apenas levantou os olhos castanhos para vê-lo.

− Você acha que essa brincadeira de criança engana a mim? – Questionou irritado, os dois corrompidos já estavam em posição de batalha, assim como eles ouviam passos dos demônios cercando o salão.

O homem desconfiou desde o início daquela boa vontade dela de se sentar e conversar sobre uma aliança, mas tinha que dar um voto de confiança, afinal o poder da Exoterra não era algo para se jogar fora.

− A intenção nunca foi te enganar, apenas entrar. – Respondeu simples. – Nunca me aliaria a você, meu povo nunca mais vai ser refém de acordos que só beneficiam os membros da corte. Agora! – Kitana deu o sinal. Ela se protegeu primeiramente com o vento forte ao redor de si, enquanto saia da cadeira, e Raiden protegeu os cinco homens com seus raios enquanto se livraram das máscaras e mantos pesados.

LiúniánOnde histórias criam vida. Descubra agora