Jade havia decidido que naquela noite falaria com o ex general, conversaria com ele e não deixaria as coisas daquela maneira. Não queria que ele ficasse pensando bobagens, que as fofocas maldosas o influenciassem. Aquela decisão a moveu para fazer as tarefas mais rápido e mais animada para que a noite chegasse logo e ela estivesse livre para vê-lo.
A princesa varria as escadas de madeira, e observou a "gêmea" se aproximando pelo caminho que vinha do palácio.
− O.... Você estava chorando? – Curiosa. Não havia como Kitana negar, sentia os olhos inchados, o nariz entupido, provavelmente estavam vermelhos e ela com os lábios curvados para baixo. Mesmo assim balançou a cabeça negando, incapaz de falar. – Foi aquele homem, não foi? – Questionou séria. – Quer que eu vá lá? – Impetuosa. – Eu mordo e arranco o pedacinho que você quiser. – Assentiu.
− Não. – Respondeu com voz anasalada. – Não precisa perder tempo com ele, está bem? Eu, eu não deveria me abalar assim. – Suspirou.
− Sim, não deveria. – Mileena concordou e se sentou no topo da escada a mais velha a acompanhou.
− Sei que é. – Pausa. – Relativamente nova, mas ainda não se deparou com isso? – Tentou perguntar.
− Me apaixonar por alguém a ponto de sentir que vou morrer? – A olhou, viu-a assentir. – Não.... Sinceramente não entendo você, ou mesmo Jade. É divertido se relacionar com as pessoas, mas, não entendo. – Respondeu.
− Que bom. – Sincera. – É horrível, horrível, quer dizer. Quando não se é correspondido, quando tem que lidar com indiferença com.... – Se calou.
− Eu imagino que sim, por isso prefiro não me envolver. – Disse.
− Você está certa. Que feio, eu deveria lhe dar conselhos sobre relacionamentos, você deveria chorar no meu colo. – A princesa brincou, ficou feliz por ver a jovem rindo. Ainda não sabia como avalia-la, mas era bom conversar, que se danasse se ela iria contar tudo a Shao Kahn depois.
− Eu dispenso essa parte. Eu....
− Conversar é o bastante, não tem que se meter em problemas por minha causa. – Sincera.
− As coisas estão feias na corte. – Comentou fitando a frente, o nada. – Papai deseja conquistar o Reino do Céu, tem o apoio do submundo, claro, Guan Chi sempre insiste positivamente quando entram no assunto, porém a maioria da corte está insegura, até mesmo Baraka. – Explicou.
− Sério? Por que estão hesitando? – Perguntou, mesmo imaginando todas as razões.
− Você estava certa, conquistar o Plano Terreno trouxe benefícios apenas para ele, ninguém queria ver, ninguém queria admitir, mas muitos sobreviveram a invasão, estão vivendo nas margens da cidade, não há comida, trabalho consequentemente os outros povos sofrem da mesma maneira, mais miséria para todos. Os líderes estão preocupados que uma invasão piore tudo, a Exoterra mal se estabilizou de toda essa situação e ele já planeja fortificar os exércitos com as armas terrenas....
− Entendo. E óbvio ele não está aceitando a hesitação da corte. – Pensativa.
− Claro que não, ele fere os líderes sem dó para mostrar autoridade, eu mesmo que não concorde assinto e incentivo apenas para não apanhar, agora sei o quanto dói. – Riu, um riso amargo.
− Eu sinto muito. – Sincera. – Eu....
− Avisou a mim, apenas ignorei para acreditar que era especial, mas para ele ninguém é, não é? – A olhou.
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Liúnián
FanfictionShao Kahn finalmente havia conseguido o que almejara por milênios, conquistar o Plano Terreno, mas em uma estratégia sádica ao invés de matar seus inimigos, condenou-os a vidas de servos e escravos em seu império, para que todos vissem de perto sua...