Yeni saiu para buscar o almoço, disse que Jade poderia ir, mas a morena ainda tinha que conferir como o shaolin estava, infelizmente.
Liu acordou com o barulho da morena guardando algumas coisas nas prateleiras. Por um momento pensou que fosse a princesa, seu coração se aqueceu, mas ele diria para ela voltar e descansar direito.
− Senhorita Jade? – Curioso ao vê-la. – O que faz aqui? – Inocente pensou que poderiam ter deixado Kitana descansar e dormir, por isso a amorena estava ali.
− A chefe das servas, Shang Tsung e sua querida Yeni acusaram Kitana, de sair e não avisar, roubar da cozinha e agressão. O imperador aceitou e a está punindo, açoitada três dias e três noites na praça do mercado. – Jade explicou com quase frieza.
− Aquele-aquele desgraçado. – Disse entredentes. Não imaginou que ela se machucaria daquela maneira.
− Olhando assim até parece que se importa. – A morena com sarcasmo.
− Será que para vocês tudo tem que ser a ferro e fogo? – Liu conseguiu encará-la. – Ela já tem castigo o bastante, nunca. – Pausa. – Nunca desejei algo assim. – Sério.
− Não parece. – Irônica.
− Vê tudo pelos olhos dela, não é? Provavelmente ela conta para você como eu sou um monstro que a maltrata. – Curioso.
− Sim eu vejo. Não ignoro a sua dor, não imagino o que seja passar por isso na idade a adulta, se sentir culpado e responsável, mas você ignora a dela. – O encarou. – Passamos pelo mesmo, mesmo sem lembranças ainda tivéssemos nosso povo, casa e pais arrancados de nós. Kitana se matou a vida inteira, se esforçando para ser digna diante de Shao Kahn, o pai que ela acreditava que deveria honrar e ela jogou tudo isso fora no momento em que você demonstrou compaixão por ela. Ela nunca fez nada a mando de ninguém e você sabe disso a essa altura, só é uma criança fazendo birra, mas olha o que isso custou, graças a língua solta de Yeni ela está na praça. – Terminou com irritação, se encaravam.
− Tenho certeza de que ele a machucaria, independente da contribuição de Yeni para as acusações. – Simples.
− Você não presta. – Acusou. – Saiba que eu só estou aqui porque o imperador decretou. Não faço questão nenhuma de lhe ver. Ah antes que eu me esqueça, ainda devo ser grata por ter me tirado do bar, então obrigada. – Jade disse.
− Não iria deixar você lá sozinha com aqueles homens. – Quase reclamou. – Eu.... Ouvi eles falando sobre vocês, de uma forma tão baixa que-que eu não pude ignorar. – Explicou mais alto. A morena assentiu, mesmo sem compreender de fato aquela atitude. Talvez realmente o ódio dele tivesse limite e vê-las e perigo real fosse demais, mas como ele mesmo havia dito, não deixaria ninguém naquelas situações.
Jade verificou se ele estava bem e como estavam as feridas, graças aos medicamentos ele só precisaria fazer curativos uma vez ao dia, então ela foi para a cozinha comer, tentar comer, estava definitivamente preocupada com a amiga, imaginava que não a deixariam morrer, mas a situação era humilhante e não desejava que ela se machucasse mais. Ela ficava feliz e aliviada por receber o conforto vindo dos dois ajudantes de cozinha que eram gentis.
Yeni pegou a comida na cozinha, ignorando o cozinheiro como sempre fazia. No caminho pensava no que havia feito, deduziu que, se Kitana se ferisse por sua culpa se afastaria de Liu Kang e assim ela não seria obrigada a relatar mais nada, pois mais nada aconteceria entre eles que causasse a fúria do imperador. Tentaria trabalhar naquela estratégia para não se sentir mais culpada ao ter que delatar o shaolin.
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Liúnián
FanfictionShao Kahn finalmente havia conseguido o que almejara por milênios, conquistar o Plano Terreno, mas em uma estratégia sádica ao invés de matar seus inimigos, condenou-os a vidas de servos e escravos em seu império, para que todos vissem de perto sua...