Liúnián

Visita

Liu Kang esperava impaciente por alguma notícia, ele não tinha ideia do que senhorita Jade iria fazer, só sabia que o castigo da princesa terminava naquele dia, àquela hora alguém já devia ter aparecido. Aquela angústia de não saber nada era terrível, mas ele olhou rapidamente para porta quando ouviu barulhos.

Jade passou primeiro seguida dos dois homens.

− Cuidado. – Ela pediu a Kaleb. – Desculpe, mas nos expulsaram do dormitório. – Se explicou logo.

− T-tudo bem. – Liu respondeu, era horrível ver Kitana tão ferida daquela maneira, desacordada.

− Pode colocá-la aqui, Nanan pode deixar as coisas por aqui, obrigada de verdade por tudo o que fizeram, mas devem ir agora, não quero que o cozinheiro brigue com vocês ou os castigue por isso. Apenas ajudem Liu Kang a ir para fora.

− Eu....

− Não vai conseguir ajudar com nada, nossos remédios lhe dão a falsa impressão de estar bem, ainda precisa repousar essas fraturas. – Encarou. Ele apenas concordou, realmente só seria um estorvo tentando ajudar a cuidar da outra.

− Não foi nada, vocês têm nos ajudado muito. Desejamos que ela se recupere logo. – Kaleb respondeu.

− Se precisar de algo, por favor nos avise. – Nanan disse.

− Obrigada. – Jade sorriu sincera, Liu não protestou quando o mais velho dos dois o ajudou a se levantar.

− Elas sempre falam bem de vocês, é bom vê-los apesar da situação. Obrigado. – O shaolin disse. Nanan repreendeu a vontade de dizer que elas também sempre falavam dele, mas não falavam coisas tão boas assim.

− Não precisa agradecer, elas são muito boas para nós. Até mais. – Kaleb disse, o outro assentiu e eles saíram.

Jade saiu logo para buscar água, quase ignorando o rapaz que estava sentado ali nas escadas.

− Não tenho tempo para falar, depois que eu cuidar dela eu te ajudo a entrar, fique aí tomando um pouco de sol, vai fazer bem para os seus ferimentos. – A morena disse logo diante da expressão dele. Apenas assentiu não tendo mais o que falar para ela.

Jade respirou fundo para se acalmar, todas aquelas situações começavam a pesar sobre sua cabeça e ela sentia que a qualquer momento poderia perder o controle do que restava da sua vida. Tirou as roupas rasgadas e sujas da amiga e lavou pacientemente suas feridas com água e sabão, depois de secá-la começou a passar anticéptico e a enfaixa-las. Tudo isso demorou meia hora, incluindo administrar remédios a princesa. Acomodou-a sem hesitar na cama do shaolin, era o lugar mais confortável, ele estava melhorando e podia dormir na coberta.

− Pronto. Eu vou.... – Se calou ao ver Yeni chegando com uma cesta, não queria ver a confusão que a concubina ali iria causar. Já havia saído para buscar o rapaz.

− Bom dia. – Animada. – Deixa que eu faço isso. – Quase empurrou a morena que se repreendeu para não chamá-la de coisas más.

− Yeni eu-eu estou tomando sol, podemos ficar um pouco aqui fora. – Liu Kang tentou contornar.

− Não seja bobo, aqui faz uma poeira infernal, não pode expor seus ferimentos assim. Vamos entrando. – Simples, Jade ia logo atrás pronta para brigar com a ruiva se fosse o caso. – Mas o-o que é isso? – Yeni quase berrou ao ver a princesa na cama dele.

− A chefe das servas não a deixou ficar no alojamento alegando que iria atrapalhar, não tive alternativa a não ser trazê-la para cá, Liu deve a ela. – Simples.