Quando Jade chegou novamente ao corredor com a grande porta da sala do trono, Mileena estava ali, esperando quase impaciente andando de um lado a outro enquanto o ninja e o espectro estavam sentados junto do ator e da soldado, esperando o resultado daquele embate. Mei Ling disse que voltaria para junto dos outros Lin Kuei e agiria se fosse preciso, assim a morena a liberou.
− O que vocês fizeram? – Kotal perguntou de maneira curiosa ao ver os símbolos na porta.
− Trancados com o imperador. – A morena respondeu, todos sentiam o mesmo ao verem a careta no rosto do homem, apreensivos e preocupados como ele.
− Isso foi uma péssima ideia, porque isso? – Johnny reclamou.
− Da última vez, como se lembram, Shao Kahn trapaceou, impediu Liu Kang de lutar como deveria. Agora ele tem sua chance. – Jade disse simples, o ex general a amparou, imaginava como a perna deveria estar doendo, aquele feiticeiro maldito, queria ter sido ele a lhe matar por ser tão covarde e baixo.
− Ele vai conseguir, temos que confiar. – Sonya respondeu sincera.
− Eu não comentei antes, mas não acham responsabilidade demais jogarem isso nas mãos de um único homem? – Hanzo curioso, sabia bem como as regras do torneio funcionavam, mas uma vez que o imperador havia trapaceado, nada mais justo do que eles fazerem o mesmo.
− Nós concordamos, mas ele não deixou, Kitana talvez fosse a única capaz de persuadi-lo do contrário, mas acabou fazendo o que ele quis. – A loira reclamou.
− Novidade. – O ator resmungou.
− Vocês não entendem o que esse tipo de coisa significa para nós, ou entendem, só veem de forma diferente. – Kuai explicou.
− Shao Kahn trapaceou, não merecia nada justo vindo de ninguém. – O espectro disse simples.
− Pode não parecer, mas também prezamos por certas coisas, Kitana não faria diferente nem se fosse ela sozinha a fazer isso. – A morena explicou.
Mileena era incapaz de dizer algo, mas começava a concordar com o espectro e alguns dos terrenos, eles deveriam ter se juntado e atacado em grupo, que se danassem regras ou convenções, o homem não merecia a honra de um combate descente com nenhum deles.
Shao Kahn de repente sentiu-se levemente tonto, como se o salão de pedra e as figuras daqueles dois idiotas girassem a sua frente, olhou rapidamente para o braço cortado, Kitana havia envenenado os leques, certeza. Tinha que se livrar daquele menino e depois dela para poder tomar um antídoto, haviam várias misturas consideradas universais, com os recursos limitados ela não teria conseguido nada extraordinário, iria funcionar.
− Nenhum dos seus truques idiotas irá funcionar contra mim! – Desviava dos golpes do monge, não deixando ele acertar nenhum ponto crítico, mas ainda assim o fogo conseguia queimar sua pele, mesmo nos pontos resistentes escamados. – Acha que nunca tentaram me matar? Que seres mais poderosos do que vocês dois nunca tentaram? – Questionou rindo. Mas não gostou da maneira que Liu Kang sorria.
− Você não sabe o que realmente é poder. – Simples, em sua mente havia todo o sofrimento que o homem causou, desde que invadiu a academia, as mortes, a morte de Lao, o sofrimento que causou a ele e Kitana, os humanos e outros seres que viu padecendo na pedreira, toda a crueldade a qual foram submetidos, principalmente todas a lágrimas que foi obrigado a ver a amada derramando. Pensar em acabar com tudo aquilo lhe dava força, não só isso, saber que os outros amigos o apoiavam.
− Ah, vai me falar sobre o amor e amizade de vocês seres terrenos? – Shao Kahn riu debochado, não conseguiu desviar dos chutes altos, da bicicleta do monge em seu peito desprotegido, o homem vacilou, arfando, sentindo a pele em carne viva devido as queimaduras, como aquilo era possível? Se enfureceu, mas em vez de ir para cima dele, foi para cima da princesa, se a matasse com certeza ele se desestabilizaria.
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Liúnián
FanfictionShao Kahn finalmente havia conseguido o que almejara por milênios, conquistar o Plano Terreno, mas em uma estratégia sádica ao invés de matar seus inimigos, condenou-os a vidas de servos e escravos em seu império, para que todos vissem de perto sua...