Ódio

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Shao Kahn observava o rapaz, sorriu ao vê-lo ferido e levemente debilitado

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Shao Kahn observava o rapaz, sorriu ao vê-lo ferido e levemente debilitado.

− Você é igual minha filha, não se curva. – Apontou.

− Ela não é sua filha. – Liu Kang respondeu e se arrependeu de ter falado daquela maneira. Mas o imperador ria.

− Você realmente tem me surpreendido nesse tempo, achei que seria o primeiro a aprontar algo, a causar comoção entre os escravos, mas está quieto, recebendo as punições sem reclamar. Prendi muito mais humanos rebeldes nesse tempo. – Explicou. O shaolin segurava toda a raiva, olhá-lo era ainda pior. – Por isso merece uma compensação. – Sorriu.

− Não quero nada que venha de você, imperador. – Firme.

− Não precisa mais dessa rigidez toda. Sei que.... Estar sob os cuidados de Kitana é um tormento. – Começou. – Shang Tsung me detalhou sobre os acontecimentos da ilha.

− Não aconteceu nada na ilha. – Liu respondeu sério, se odiava por sentir vergonha. – Eu disse isso a ela e direi a você, se olhar uma pessoa significa muito aqui, no meu mundo.... Não significava nada. – O olhou, o imperador o rodeava como um animal selvagem, riu.

− É incrível como está negando para si mesmo. Minha filha é claramente uma decepção, para todo mundo, uma vagabunda como a mãe. Sindel se arrastou nos meus pés, disse que faria o que eu quisesse, então eu me casei com ela e depois de poucos meses ela se matou, me deixando a cargo daquela coisa. – Explicou, dizia tudo daquela maneira porque queria medir o rapaz é claro e ele continuava impassível, pelo menos aparentava isso.

− Pode ir direto ao assunto? Ou me chamou para falar de Kitana e sua vida? – Questionou o encarando.

− Muito bem, tirá-lo do posto de escravo é muito prematuro ainda e já que não encontra consolo nem ao menos na serva que lhe cuida, eu lhe darei uma mulher de verdade de presente por sua obediência. – Simples.

− O-o que? – Questionou em entender.

− Yeni. – Shao Kahn chamou e a jovem passou por uma das portas que dava acesso a sala do trono. Tinha os cabelos ruivos, alaranjados caindo em cascata cacheados pelas costas, usava adornos finos, assim como tecido do seu vestido, tinha olhos esverdeados, a pele bem cuidada, não combinava nada com aquela realidade.

− I-isso é.... – Liu se calou se dando conta do que estava acontecendo ali. – Não posso aceitar uma coisa dessas. – Disse calmo.

− Não há mais nada que o prenda, seu deus, sua ordem, sua religião ou mundo, aqui o que vale é o que eu digo. E eu digo que Yeni o acompanhará e cuidará quando não estiver ocupada no harém, claro. – O Imperador explicou. Liu novamente segurou toda a raiva, toda vontade de explodir, a se pudesse voar naquele homem.

− Eu agradeço. Mas não tem que fazer esse tipo de coisa. – Respondeu.

− Aqui os erros são punidos e os acertos recompensados, como deve ser. Eu sinceramente esperava outras atitudes de você, mas você foi um dos que mais se comportou. Quem sabe com o tempo não enxerga a verdade de que eu sou o único soberano e de que me servir é o único caminho, talvez possa começar com uma posição baixa no exército. – Listou. O jovem sabia que tudo aquilo era bom demais vindo da boca daquele homem, mas discutir não era opção.

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