Liúnián

Eu posso transbordar de alegria

A festa se seguia animada agora, os mais entusiastas continuavam a dançar, a rir. A comida e a bebida ainda não haviam acabado e todos aproveitavam para se alimentar melhor, pelo menos a leva que era mantida como servo ou escravo.

− Você deveria aproveitar e se divertir mais. – Jade disse a Kitana, a outra a encarou.

− Você já decidiu o que quer? – Séria.

− Já disse, ficar com essa dureza, por orgulho, apenas vai machucar você, é verdade como os terrenos pensam, podemos morrer, deveria aproveitar. – Simples. A princesa revirou os olhos claros. Não queria dar o braço a torcer, sentia raiva ainda, principalmente ao se lembrar de Yeni, mas a concubina era feita de bobo da corte como ela, isso a confortava de certa forma. Não custava nada pelo menos dançar, e se o monge lhe perturbasse depois ela podia dizer que só estava brincando, era uma boa vingança.

− Está bem. – Respondeu simples deixando a morena rindo.

Johnny cutucou as costelas do amigo com o cotovelo conforme a princesa vinha se aproximando.

− Desculpe, gostaria de dançar? – Perguntou simples. Liu a olhou quase desconfiado, o que estaria armando?

− Não se preocupem comigo, estou acostumado a ficar jogado às traças. – O ator suspirou olhando em direção a loira que ria enquanto conversava com Kuai e Mileena.

− Ignore. – O de cabelos negros pediu enquanto ela riu.

− A convide para dançar, quem sabe. – Kitana disse simples e segurou o pulso do rapaz.

− É. – Johnny concordou da mesma maneira, e observou rindo eles saírem.

− O que foi isso? – Curioso.

− Se falar muito eu vou me sentar. – Disse logo o olhando. – Você bebeu? – Indignada ao perceber o rosto dele avermelhado nas bochechas e no nariz.

− Diferente de certas pessoas eu posso muito bem manter o controle. – Liu lembrou rindo.

− Foi uma vez, precisa ficar lembrando disso? – Questionou.

− Você quase arrancou um pedaço de mim. – Encarou, dizia sério, mas por dentro ria, com a lembrança e com a expressão de vergonha dela.

− Eu devia ter arrancado mesmo, assim ficava quieto. – Resmungou. – Espere.... Se estava mentindo esse tempo todo, então naquele dia.... – Pensativa, observou o rosto dele avermelhar mais.

− N-não fique pensando bobagens.... – Gaguejou.

− Você correu igual doido porque não poderia aguentar? – Curiosa. Agora era ele que tinha vontade de sair dali. Ela não media palavras.

− Você estava bêbada, acha que eu sou o que? Não, não poderia deixar se levar, para no dia seguinte eu ter..... Ter que fingir que não foi nada. – Disse sem a olhar.

− Agora não tem que fingir. – Ela disse simples o fitando.

− P-pare de dizer besteiras. – Pediu quase sério, mas sentia o pulso acelerado com ela tão perto, observava ela rindo e odiava a ideia de que estivesse rindo dele, era o que ele merecia na verdade, por ser idiota.

− Você fica fofo corado. – Kitana conseguiu dizer, ele revirou os olhos escuros e não disse mais nada, era melhor não falar, ou as coisas poderiam piorar em qualquer sentido. Então eles apenas dançaram, ela tentava acompanhar, também achava tudo muito diferente, e deixando todos os sentimentos ruins de lado, era bom ficar perto dele, vê-lo sorrindo. – Não quis ser má, só queria entender a situação. – Comentou depois de um tempo.