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A tal mencionada festa vai acontecer na casa de uma das Fraternidades mais populares da faculdade

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A tal mencionada festa vai acontecer na casa de uma das Fraternidades mais populares da faculdade. Logo quando chegamos na casa de dois andares, encontramos dificuldade para estacionar — toda a área externa está lotada de carros. Quando finalmente arranjamos um espaço — depois de Agnes ajeitar o decote e seduzir o manobrista —, saímos do carro e eu posso dar uma olhada melhor ao redor. 

Pelo visto as pessoas daqui não sabem o que é calça jeans. As mulheres passam por mim usando mini saias e mini vestidos, usando tops e blusas transparentes na parte de cima. Sinto-me um tanto deslocada porque… é como se eu estivesse vestida demais para uma festa na praia. 

Acompanho Agnes até a parte interior da casa. Está lotada. Parece espaçosa, mas o número de pessoas faz parecer que estou lutando por espaço em uma lata de sardinha. As pessoas carregam copos vermelhos e dançam no ritmo da música alta que parece preencher todos os cantos da casa e mandar vibrações para as paredes. Também há casais se beijando, sejam eles do sexo oposto ou igual, sem se importar com quem esteja olhando. Eu não sou nenhuma expert, mas tenho certeza que as pessoas se sentiriam mais à vontade — ou pelo menos eu — se eles procurassem um quarto. 

— Você conhece alguém aqui? — pergunto para Agnes, me sentindo um tanto acuada. 

— Conheço a maioria dos veteranos — ela replica. — Os alunos daqui costumam frequentar a lanchonete em que trabalhamos; é tipo um ponto de encontro. Então todo mundo conhece todo mundo. É só questão de tempo para você conhecer também. 

Apenas concordo com a cabeça. 

— E aí? Quer beber alguma coisa? 

Lembro-me do gosto da cerveja e faço uma careta. 

— Não gosto de cerveja. Mas você pode beber se quiser, eu não me importo. 

Agnes me olha meio torto. 

— Não gosta de cerveja? Sério? 

Dou de ombros. 

— Bom, mas eu bebo, e muito! Vamos ver onde tem cerveja nessa casa. 

Atravessamos a sala entupida de gente até conseguirmos chegar à cozinha. Também está cheio, mas não tanto quanto do lado de fora. Agnes cumprimenta algumas pessoas — ela é bem extrovertida — e apresenta todas elas a mim. Acho gentil que ela esteja tentando me enturmar, e eu faço de tudo para ser gentil e educada, mesmo com os bêbados atrevidos. 

— Esses universitários são uns mãos de vacas — comenta Agnes, com uma careta, depois de beber um gole de cerveja em um copo vermelho. — Não acredito que eles têm a cara de pau de servir uma cerveja tão vagabunda como essa. 

Seu linguajar me faz rir. 

— Bom… deve ser complicado pagar bebida cara para toda essa gente — eu argumento. 

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