Não é permitido se apaixonar. Apenas é permitido sentir prazer.
Jade West fugiu do convento. A fim de começar uma nova vida longe dos costumes da Igreja, ela vai parar justamente nas garras do diabo em pessoa: Ryan Blossom. Ele é um pecador, não é...
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O vestido é lindo. Sério. Deslumbrante. Maravilhoso. Estonteante. Acho que nunca cheguei tão perto de algo tão bonito. E agora, sobre o meu corpo… me sinto a mulher mais bonita do mundo.
O decote ombro a ombro valoriza muito os meus seios sem parecer vulgar. As mangas transparentes, bufantes, com alguns desenhos de folhas dão elegância ao look. É bem acinturado, e a saia se abre, esvoaçante, ao meu redor.
A maquiagem escolhida para o grande dia é bem simples. Ela é do tom da minha pele, deixando os contornos do meu rosto bem natural, e tudo que se destaca é o delineador e o batom vermelho vívido.
Mantenho meu cabelo sempre curto, acima dos ombros, e hoje os fios lisos ganharam ondulações e uma trança no topo, simulando uma coroa, e a mesma foi enfeitada com presilhas brilhantes que parecem pequenas estrelas brilhantes.
O reflexo no espelho me agrada muito.
Ouço batidas na porta. Meu coração acelera. Vou até a porta e abro apenas uma frestinha — não quero que Ryan dê uma de engraçadinho e me veja antes da hora, mas, felizmente, é apenas o meu irmão muito bem-vestido em um terno cinza escuro. Escancaro a porta, contente por vê-lo. Seus olhos brilham quando reparam em mim.
— Você está linda — ele abre um sorriso bonito de fascinação e orgulho. — Uau. Realmente linda.
— Sério? — meu sorriso vacila.
— Você é a segunda noiva mais linda que já vi — Justin beija minha testa. — A primeira foi a Ivy, claro. Ela arrancaria meu saco se eu falasse o contrário.
Dou risada. Ele me segue para dentro da sala e fecha a porta.
— Tudo bem — eu digo. — Nessa situação, eu aceito ficar em segundo lugar.
Meu irmão se escora na parede e olha para mim com um leve sorriso.
— Que foi? — pergunto, tensa. Não consegui parar quieta a semana toda.
— Papai iria adorar te ver assim — comenta ele, com o timbre melancólico.
Meu coração aperta.
— Queria que ele estivesse aqui — sussurro.
— É, eu também — suspira. — Mas você vai ter que se contentar comigo.
Vou até ele e seguro suas mãos.
— Quero te dizer que estou muito feliz por ser você a me levar até o altar. Não poderia haver pessoa melhor.
— Ai, para — suas pálpebras tremem e seus olhos se voltam para o teto. — Não faça o seu maninho chorar, por favor.
Eu sorrio e lhe dou um abraço.
— Obrigada, Justin. Por tudo.
— Sempre que precisar, meu amor. Sempre que precisar…
