Não é permitido se apaixonar. Apenas é permitido sentir prazer.
Jade West fugiu do convento. A fim de começar uma nova vida longe dos costumes da Igreja, ela vai parar justamente nas garras do diabo em pessoa: Ryan Blossom. Ele é um pecador, não é...
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Ryan está me esperando encostado no Mustang às sete e meia em ponto. Quando o vejo, fico agradecida por estar usando um vestido vermelho tubinho de alcinha, com um leve decote entre os seios, porque ele está lindo de morrer. O vestido cria algumas curvas no meu corpo que sei que não tenho, mas fico agradecida mesmo assim. Quando me olhei no espelho, me vi gostosa e sexy.
Já Ryan está usando uma calça jeans, camisa branca e um paletó preto. O cabelo está um pouco mais arrumadinho que o habitual, e fico contente ao perceber que ele teve todo esse cuidado apenas para me levar para jantar. Um visual um tanto sofisticado para o qual estou acostumada a ver: jeans e jaqueta. Mas os anéis de prata nos dedos continuam lá.
— Uau — ele sorri daquela forma misteriosa e sexy. — Se produziu assim só para me ver?
Tento conter o sorriso, mas não consigo.
— Te faço a mesma pergunta — apoio-me nos ombros dele e fico na ponta dos pés para beijá-lo. Era para ser apenas um beijo rápido, mas ele me impede de se afastar, aprofundando o beijo.
— Estou quase desistindo do jantar para tirar esse seu vestido agora mesmo — sussurra ele, com a voz rouca, deslizando o dedo suavemente pelo meu decote.
Engulo em seco, sentindo uma queimação se espalhar pela minha pele.
— E o que te impede? — lanço o desafio.
Ele sorri de canto.
— Você vale a pena.
Olho para ele com mais sensibilidade. Ryan vem tocando pontos dentro de mim que eu nem achava que era possível, e pode ser até impressão minha, mas eu tenho notado que ele passou a me olhar de um jeito diferente, como se eu realmente importasse. E as coisas que ele me diz… não sei. Não quero criar expectativas para depois quebrar a cara.
Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e me dá um beijo rápido desta vez. Abre a porta do carro para mim e depois se acomoda sob o volante.
Ryan me leva para jantar em um restaurante bacana: nada muito chique, mas também não tão simples. Ele tem uma reserva, então uma mulher bem-vestida nos leva por um hall espelhado e depois para o saguão principal, onde há mesas forradas com toalhas brancas e um jarro de flor no centro. Há também vasos grandes com pequenas árvores secas enfeitadas com luzes, dando um ar charmoso ao lugar.
— Obrigada — agradeço depois que Ryan puxa uma cadeira sob a mesa para mim.
Ele se acomoda à minha frente.
— Gostariam de beber alguma coisa antes de dar uma olhada no cardápio? — pergunta a mulher, sempre gentil.
— Quero uma taça do seu melhor vinho — decreta Ryan. Uau. Depois volta para mim. — E você, minha querida?
— Uma água, por enquanto — replico.
— É pra já — ela sorri mais uma vez antes de se retirar.
