vinte e oito

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Ai, meu Deus

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Ai, meu Deus. 

Sabe aquele momento em que tudo está ensolarado e caloroso, e de repente o tempo se fecha, em um piscar de olhos, e uma tempestade desaba sobre sua cabeça, tornando tudo ao seu redor cinza? Porque é exatamente como eu me sinto agora: como se um dilúvio tivesse acabado de desabar na minha cabeça. 

O que… o que ela está fazendo aqui? 

Essa pergunta martela na minha cabeça enquanto dou um pulo da cama. É muita sorte estar vestida, pois seria muito embaraçoso se ela tivesse chegado justamente quando eu e Ryan… ai, meu Deus. 

— Mãe, o que…? — Lanço um olhar hesitante para Ryan, mas ele permanece sentado na cama, com um olhar indiferente e a maior cara de sono, como se essa situação constrangedora não o abalasse. 

— O que está acontecendo aqui, Jade? — Ela continua gritando. — Quem é esse homem na sua cama?

Abro a boca, mas não consigo encontrar minha própria voz.

— Ryan Blossom, prazer — ele responde a pergunta da minha mãe com um tom debochado. Esse comportamento parece desencadear uma onda de fúria nela. 

— Quem você pensa que é para agir de forma tão petulante comigo, rapaz? 

— Mãe… — tento. 

— Petulante? — ele ri nasalado. — Desculpa, mas foi a senhora que chegou gritando aqui. Aliás, é falta de educação entrar no quarto de uma pessoa sem antes bater. 

Ai, não. 

O rosto da minha mãe fica vermelho feito brasa. 

— Ryan, por favor — tento apaziguar a situação, implorando para que ele reconheça a súplica no meu olhar de não continuar com essa picuinha. 

— Esse é o quarto da minha filha! — ela retruca. — Tenho o direito de aparecer aqui quando eu quiser.

— Sua filha merece respeito — diz secamente. 

Meus olhos se enchem de lágrimas. Mesmo diante de toda essa situação, ele ainda me defende, e não posso esboçar em palavras o quanto estou agradecida. 

— Olha aqui, seu moleque…! 

— Ei, ei, ei — Justin intervém em um tom elevado. — Já chega, tá legal? Vocês estão na minha casa, e enquanto estiverem aqui, ninguém vai insultar ninguém. 

Fico quieta, porque realmente não sei o que fazer. Estou sentindo a humilhação queimar na minha garganta, e não tenho coragem de olhar para Ryan. 

— Eu vim falar com a minha filha — prontifica-se. — Em particular — e lança um olhar cortante para Ryan. 

Em resposta, ele olha para mim, e não tenho mais como fugir. 

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