vinte e nove

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RYAN

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RYAN

— Aceita? 

Ergo a cabeça e vejo meu pai me oferecendo uma cerveja. Aceito a garrafa e depois ele se acomoda ao meu lado na varanda, segurando sua própria cerveja. Dou um gole na bebida e ele faz o mesmo. Ficamos em silêncio por um tempo, ambos olhando para a praia. 

Felizmente pude dar à ele a casa na praia com que tanto sonhou. O dinheiro que ganhei com meu projeto foi realmente muito satisfatório. Não é uma mansão nem nada, mas dá pro gasto. Meu velho merece tudo de bom. Ele me criou, me educou e segurou a barra comigo quando eu não tinha ninguém. Eu não me importaria de gastar meu último centavo com ele. 

— O que há de errado, moleque? — pergunta ele. 

Bebo mais um gole de cerveja, mantendo os olhos fixos nas ondas se quebrando mais adiante. 

— Jade. — O nome dela flutua pela minha boca. Nunca fui de guardar segredos do meu pai. 

— Ah. — Ele faz uma pausa. — O que está rolando entre vocês? É sério?

— Não chegamos a falar sobre isso — murmuro. 

— Mas é sério? — insiste. 

Suspiro. 

— É. — Mais um gole de cerveja. — Gosto dela pra caralho. 

— Olha a língua — adverte. 

Reviro os olhos. 

— Um cara todo tatuado que não gosta de xingamentos. Esse mundo está insano. 

— Minhas tatuagens não dizem nada a meu respeito, assim como não dizem nada sobre você. Mas me conta — acrescenta —, o que está rolando pra você estar aqui com essa cara de poucos amigos? 

— É complicado — digo. — A Jade, eu… 

— O que é complicado? — questiona. — Você gosta dela. É simples. O que tem de complicado nisso? 

Suspiro. 

— É muito mais do que os nossos sentimentos — explico. — Quer dizer… meus sentimentos. Eu nem tenho certeza se ela gosta de mim dessa forma. 

— Ela parece gostar bastante de você — assegura. 

— É, mas… — minhas palavras pairam no ar. 

Papai coloca a mão no meu ombro como um sinal de consolo e meus olhos são atraídos para os dele, e encontro compreensão e compaixão neles. 

— Você pode me contar qualquer coisa, filho. Vamos lá. Ponha pra fora. 

Hesito. 

— É a mãe dela — começo. 

— Humm. — Uma expressão pensativa surge no seu rosto. — A mãe dela é do tipo megera? 

Indecente • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora