Não é permitido se apaixonar. Apenas é permitido sentir prazer.
Jade West fugiu do convento. A fim de começar uma nova vida longe dos costumes da Igreja, ela vai parar justamente nas garras do diabo em pessoa: Ryan Blossom. Ele é um pecador, não é...
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Encaro o vibrador. Ele é vermelho e tem oito centímetros. Sei disso porque está escrito no manual. Ele também pode ser usado na penetração enquanto… vibra. Tem sete velocidades. Pode ser usado como estimulador anal, clitorial e ponto G. Além de tudo, possui uma função de calor para imitar a sensação de ter alguém dentro de você.
Ai, meu Deus.
Como eu vou…? Imagino-me fazendo isso — usando o vibrador — e o resultado é um só: um belo par de bochechas vermelhas. Da mesma tonalidade da cor do vibrador.
Fico imaginando Ryan entrando em uma loja que vende essas coisas, de ele avaliando minuciosamente cada objeto com atenção, dedicação, e de ele me imaginando usando um vibrador. Ou… será que ele se imaginou usando um vibrador em mim?
Esse pensamento faz meu corpo entrar em colapso.
Eu nunca cheguei perto de nenhum brinquedo sexual antes, e estar segurando um é como… eu nem sei por onde começar a explicar.
Estou quase tentada a descobrir como esse brinquedinho funciona na prática quando escuto um barulho na porta. O vibrador quase voa da minha mão pelo susto, mas seguro o objeto bem firme. Fico nervosa. O que eu faço? Ai, meu Deus…
— Jade? Posso entrar?
Então eu faço a única coisa que está ao meu alcance: escondo o vibrador atrás do travesseiro que estou encostada e deito sobre ele para garantir que o mesmo continue lá.
— Pode — replico.
Meu irmão entra no meu quarto no segundo seguinte. Sinto-me… constrangida. É como se eu estivesse super exposta, e ele soubesse exatamente o que tenho escondido aqui atrás. Mas sei que isso é apenas paranoia da minha cabeça, e lembro a mim mesma de agir naturalmente.
— Oi — ele dá um breve sorriso. — Será que posso falar com você um minutinho?
Ah, merda…
— Tudo bem — engulo em seco. — Aconteceu alguma coisa?
Meu irmão se aproxima da cama com um olhar bem sério, a testa um pouco franzida. Então tenho certeza que o assunto é importante, e não tem a ver com vibradores portáteis.
— Fiquei sabendo que você anda… conversando com Ryan Blossom pelos corredores. — A preocupação é evidente no seu tom de voz.
Ah, não…
— E daí? — pergunto.
O brilho de preocupação em seus olhos aumenta. Odeio quando me olham assim, como se eu fosse vulnerável a ponto de não saber cuidar de mim mesma.
Justin suspira e se aproxima da cama. O colchão afunda quando ele se senta na ponta.
— Não estou te julgando, está bem? — A voz dele é suave. — Eu só… me preocupo com você.
