Capítulo III

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A tristeza invadia a família Peterson de todas as mínimas formas, desde a notícias e lembranças. Todos estavam aflitos, tristonhos e abalados com a perda do chefe da família, o homem que cuidava e protegia da sua família. Albert havia falecido por sequelas do acidente que o mesmo sofreu, mas infelizmente, ele veio a partir para sempre na porta do hospital da cidade, onde lá morreu todos os planos para a Peterson Animations, morreu também a paixão pelos filhos e esposa, morreu a cautela que ele tinha com os seus próximos. Tudo estava acabado para a família Peterson, que procurava maneira de superar essa drástica perda. Mas, a que mais sofria com a perda do pai era Anne, a jovem moça de 24 anos não tinha ânimos para mais nada e passara vários dias trancada em seu quarto. Não deixava o mesmo nem para comer. Isso fez com que a mesma perdesse peso e ficasse mais magra, além do que ela já era. A sua mãe e os seus irmãos gêmeos estavam preocupados com essa perda e passaram a maior parte do tempo, visitando a moça e tentando reanima-la. Cole e a camareira Lucy Mason, eram os principais visitantes da senhorita Peterson.

— Será que ela está acordada? — Perguntou Cole preocupado e olhando o seu relógio de bolso. — Ou ela ainda estará dormindo?

Lucy se aproximou do jovem rapaz que estava inquieto andando pela sala de leitura da casa.

— Posso lhe ajudar em alguma coisa, senhor Peterson?

O jovem rapaz sorriu ao ver a camareira e aproximou-se um pouco dela.

— Acho que sim, Lucy!

A camareira sorriu. Lucy Mason, era uma jovem de 22 anos e que trabalhava para a família Peterson há 2 anos. Ela embarcou no trabalho pois precisava ajudar a sua mãe, que estava com catarata e necessitava de bastante ajuda e dinheiro para realizar tal tratamento ou cirurgia. Lucy nunca reclamou das péssimas condições dos alojamentos dos camareiros e camareiras, diferente do camareiro Peter McSorley, que sempre reclamava sobre as camas serem duras demais para dormir. Lucy muito bondosa, atenciosa e generosa – como sempre foi –, as vezes ajuda e faz o trabalho de outras camareiras e até lacaios, quando tal empregado não pode fazer o serviço.

— Em que eu posso lhe servir, senhor?

Cole sorriu mais uma vez.

— Não precisa me chamar de senhor, Lucy! — ele disse e ela sorriu timidamente após o mesmo olhar os olhos dela. — Me chame apenas de Cole!

Ela sorriu mais uma vez.

— Está bem, Cole! — Lucy disse meio tímida.

— Bom, você sabe se a minha irmã Anne está acordada agora? — ele perguntou e ela pensou um pouco. — Pode me dizer se ela já está acordada nessas horas?

Ele mostrou o relógio, que marcava 09 horas e 15 minutos, ela olhou e pensou mais um pouco.

— Eu creio que sim, senhor! — Lucy disse. — Ela sempre acorda antes das nove da manhã!

— Muito bem, aceitas fazer uma visita para ela?

Ela sorriu, mas logo esse sorriso sumiu e o semblante de preocupação apareceu.

— Mas, eu tenho muitas coisas para fazer agora e creio que a governanta não irá gostar disto!

Cole sorriu e Lucy estranhou.

— Não se preocupe, Lucy! — Ele olhou para os olhos dela. — Você estará comigo e comigo, estarás salvas das broncas da senhora Hughes, está bem?

Lucy abriu um sorriso fraco.

— Está bem, mas caso isso de fato aconteça, você levará a culpa!

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