Capítulo X

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Não se passava das 23h30min da noite de 12 de abril, a noite estava ficando fria e o Titanic seguia rumando para Nova Iorque sob a velocidade de 21 nós. Não demorou muito para passar as horas, quando Phillips retornou para a sala do rádio telegrafo, onde lá encontrou o seu assistente Harold Bride sentado na cadeira – que ficava de frente para a mesa onde ficava rádio telégrafo – lendo alguma notícia num jornal. O telegrafista adentrou na sala sem dizer nada, colocou o quepe e o casaco num cabide de pé – que por sinal tinha em quase todas as cabines e quartos a bordo do navio – e com um sorriso no rosto se aproximou da mesa do rádio. Harold – que estava lendo o jornal – parou de ler e olhou para Jack. Ele logo estranhou tudo aquilo.

— Qual é o motivo do sorriso, Phillips?

O telegrafista levantou a cabeça e sorriu mais ainda.

— Nada! — Jack olhou para ele. — Não se pode mais sorrir?

Bride revirou os olhos em sinal de tédio.

— Enfim, vamos consertar esse rádio! — disse John indo em direção a sala ao lado. — Ou se não estaremos encrencados!

Harold levantou-se da cadeira e seguiu até a outra sala. Os dois telegrafistas retiraram algumas peças e começaram a averiguar o problema. Bride retirou algumas fiações que estavam com defeitos e ele acabou consertando. Os dois rapazes passaram quase a madrugada inteira consertando, retirando, trocando e testando novas peças para o rádio. Até que perto das 4hrs da madrugada, o rádio estava finalmente consertado e agora, as mensagens podiam ir e vim. O jovem Sydney assumiu o seu turno, enquanto Phillips iria descansar e quando fosse às 10hrs, ele assumiria o seu turno.

Enquanto isso, na ponte de comando, os oficiais Wilde e Boxhall estão em seus turnos e sob a companhia do timoneiro Bright

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Enquanto isso, na ponte de comando, os oficiais Wilde e Boxhall estão em seus turnos e sob a companhia do timoneiro Bright. O Titanic seguia sob a velocidade de 21 nós e com mais de 2.200 almas a bordo. Ao horizonte, as aquarelas do amanhecer começam a aparecer, simbolizando de que o sol está próximo de nascer. A temperatura ainda continua a mesma vista há duas horas atrás, o vento é quase a mesma medida, que fora medida pelos oficiais Moody e Lowe – que ficaram encarregados de verificarem a temperatura do ar e da água. O oficial chefe Henry Wilde – que havia embarcado de uma hora e assumido o cargo de Murdoch – estava meio receoso naquela manhã, na verdade, ele estava assim desde quando embarcou no Titanic. Tanto que ele mandou uma carta a sua irmã onde nela escreveu: “eu tenho um certo pressentimento ruim dele!”. Afirmando que não sentia-se bem a bordo daquele transatlântico.

— E lá vem o sol, para iluminar o nosso dia! — cantarolou Boxhall andando até uma janela. — Para iluminar o nosso dia escuro e sombrio!

Wilde deu algumas risadas.

— Boxhall e suas canções! — O oficial chefe andou calmamente até perto do timoneiro Bright. — Muito bem, agora são quatro horas e trinta minutos!

O quarto oficial Boxhall andou até perto de um aparelho que mostrava a direção do navio. Depois de verificar tudo, ele afastou-se e colocou-se em posição perto de Wilde.

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