Desde a demissão de Dylan Harris, a Peterson tem presenciado dias ruins e até piores. Anne continuou no cargo de vice-presidente, mas também começou a ser odiada e ignorada por Maxwell Sturges, pois segundo ele, levantaram uma calúnia contra Harris. O presidente tentou colocar Dylan de volta na companhia, mas os irmãos Petersons o ameaçaram processa-lo caso ele fizesse isso. Assim se fez. Maxwell não adicionou Chester na companhia, mas também fez com que a mesma entrasse em ruínas e até mesmo a beira da falência. A companhia passou a ser descuidada, ninguém mais queria fazer campanhas publicitárias em parceria com a Peterson Animations, muitos odiavam a companhia por causa de Sturges, que estava arruinando a empresa. Coisas ruins começaram a acontecer com a família Peterson no final do ano de 1911 para o começo de 1912, coisas essas como altas dívidas, processos vindo de Dylan, falta de materiais e falta de reformas na sede. As coisas estavam completamente ruins. O prédio onde ficava a Peterson Animations estava caindo aos pedaços, as tintas das paredes estavam se desgastando com o tempo, havia infiltrações nas paredes, o piso estava apodrecendo, havia goteiras que não paravam de cair do teto e traças começaram a aparecer e comer as folhas dos desenhos. A empresa estava ruindo aos poucos nas mãos de Sturges. Que nem se importava mais com a companhia, desde o final do ano de 1911. Mas em 1912, todos se questionavam e a mesma pergunta era “quando ele iria reformar a Peterson Animations?” e “como iriam voltar a ser como eram antes?”
— Sturges, precisamos urgentemente de uma reforma ou aquele prédio irá cair! — Connor alertou o homem que andava em direção a saída do prédio. — E a companhia estará no olho da rua!
Maxwell não disse nada e soltou a fumaça do seu viciante charuto, na qual sempre vivia em sua boca.
— Se virem para arranjar dinheiro, pois eu não tenho mais nenhuma grana, Connor!
O rapaz ficou incrédulo ao receber aquela resposta. Como Maxwell – um empreendedor e um dos donos da quase maior companhia de animações do mundo – não tinha dinheiro.
— Não tem dinheiro? Como não? — o rapaz questionou o homem enquanto o seguia pelos corredores. — Você é um empreendedor e todo empreendedor tem dinheiro!
O homem parou e fez uma expressão de raiva.
— Simplesmente, porque eu não me importo mais com vocês, está bem? — Sturges respondeu com ignorância. — Vocês só me trouxeram prejuízos desde o começo desse ano!
— Prejuízos? — o jovem ficou confuso. — Como prejuízos, sendo que a companhia se arruinou por causa de você!
Maxwell já não suportava mais, ele estava furioso e estava igual a um vulcão, porém, a ponto de ficar ativo.
— Quer saber de uma coisa, Connor? Eu cansei de viver sendo questionado por essa tal reforma imaginária, eu me demito! — Maxwell disse bem alto. — E boa sorte em tentar trazer essas ruínas de volta ao que era antes!
Maxwell deixou a sede da companhia, para nunca mais ser visto naquele local. Anne que estava indo trabalhar achou estranho ver Maxwell indo embora naquela hora da manhã, além disso, emburrado e pisando fortemente no chão, simbolizando que estava com raiva. A mesma adentrou na portaria e viu Connor encostado na parede, onde portava uma expressão de chateado e fumava um cigarro.
— O que aconteceu para Sturges sair uma hora dessas do trabalho?
O rapaz soltou a fumaça do seu cigarro e decidiu olhar para a sua irmã.
— Ele se demitiu! — ele respondeu e ela ficou incrédula ao ouvir aquilo. — Disse que não iria mais viver com nós o questionando sobre reformas e que não se importava mais com nós, além disso, ele disse que só trouxemos prejuízos a ele!

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Códigos do Amor
FanfictionCapa feita por: @anneslia . . . Anne e John Phillips se conheceram por acaso, e pelo mesmo acaso foram separados, mantendo-se longe durante anos. Porém, a bordo do RMS Titanic e em meio as suas tribulações pessoais, os jovens se encontraram, reacend...