Capítulo IX

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O sol – que havia acabado de amanhecer – adentrava pela escotilha da cabine da senhorita Peterson. Na cama, a moça se encontrava deitada e pensativa, onde relembrava do que de fato havia ocorrido na noite passada e também pensou que se quisesse sair da cabine, teria que usar um véu para cobrir o seu rosto e isso poderia dificultar a identificação. Segundo os pensamentos dela. Anne logo decidiu se levantar e quando saiu da cama, encontrou um bilhete jogado perto da porta. Provavelmente alguém o jogou por baixo da porta. Receosa e com medo, ela aproximou-se lentamente, pegou o bilhete e depois começou a ler, nele dizia:


“Pensas que aquele telegrafista de araque irá ter proteger toda a hora? Estás muito enganada. Eu posso estar em qualquer lugar, mas você não irá perceber. Portanto, não fique com medo. Eu apenas te ajudarei, a perder tudo que você tem. Até mesmo, a própria vida.

Ass: Chester!”


Assustada, ela soltou o bilhete no chão e sentou-se violentamente na cama, que pulou suavemente com a queda dela. Quem poderia ser? Quem usava o nome de “Chester”? E porque queria fazer tudo aquilo? Essas eram as perguntas que circulavam na mente dela. Anne decidiu que não poderia se mostrar fraca para esse tal “Chester”, ou se não, ele poderia fazer algo até pior com Phillips, Cole e Connor. Mas, ela não queria ver eles sofrerem por causa dela. Sentia ela que precisava se prevenir ou poderia perder a própria vida.

Enquanto isso, na escadaria do convés D, Connor está a admirar cada detalhe das paredes e dos corrimões da escada

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Enquanto isso, na escadaria do convés D, Connor está a admirar cada detalhe das paredes e dos corrimões da escada. Era tudo muito maravilhoso, belo, extraordinário e até mesmo, estupendo. O jovem se perdia em meio a tantas cores, brilho, luxo e grandiosidade que somente o Titanic tinha. Nenhum outro navio – com exceção do Olympic – tinha as mesmas características que somente o grandioso e imponente Titanic tinha. Enquanto isso, Connor estava tão distraído com a beleza da escadaria, que acabou esbarrando numa senhorita que estava subindo pelos degraus correndo. Ela estava retornando do salão de jantar e ia em direção ao convés dos botes, quando ela também esbarrou no jovem. A moça acabou indo ao chão, aquilo chamou a atenção de todos ali que passavam pelo local.

— Perdoe-me senhorita, foi não por querer! — disse ele pegando na mão dela e ajudando-a. — Eu estava distraído e por favor, perdoe!

A moça levantou-se, recompôs,  pegou o seu chapéu – que havia caído – e o colocou na cabeça.

— Tudo bem, eu também tive uma parte da culpa! — ela sorriu amigavelmente para ele. — Eu estava correndo em meio a degraus!

O rapaz sorriu.

— Entendo, bom, eu me chamo Peterson, Connor Peterson! — ele estendeu a mão com um sorriso no rosto. — E peço mais uma vez, perdão pela minha falta de atenção!

A garota sorriu e ambos efetuaram um aperto de mão.

— Eu me chamo Mabel Swire, é um prazer em lhe conhecer, senhor Peterson! — A moça sorriu e soltou a mão do rapaz. — E está perdoado!

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