Passou-se o dia 19 de abril de 1912 e logo a noite caiu sobre a cidade americana de Nova Iorque, fazendo as ruas ficaram iluminadas e alguns moradores se recolherem em seus apartamentos e casas. Entre esses, estavam os Petersons, que estavam hospedados no hotel que ficava de frente para o cais da Compagnie Générale Transatlantique, ou mais conhecida como French Line. Onde o seu quarto tinha uma varanda que dava vista ao rio Hudson, onde navios e barcos partiam e chegavam. Às 22h50min, Anne encontrava-se a observar o céu e a rua da cidade, onde vestia uma camisola branca e mantinha as luzes do seu quarto apagadas, mas, ao olhar para o céu, avistou a estrela da magia, na qual fazia ela ver Phillips toda vez que fechava os olhos. Porém, ela sentiu saudades dele. Do abraço, do beijo, do toque, do sorriso, da voz e do cheiro dele, em que todos esses eram únicos para ela. Desde quando ele faleceu, a visita dele nos sonhos dela tem acontecido com bastante frequência. As vezes, nos sonhos dela, ele falava com ele e em outras vezes, sorria ou apenas aparecia indo embora de costas.
Mas na noite anterior foi diferente, ele não apareceu e isso não trouxe nenhuma preocupação para ela. Porém, durante a tarde, a voz dele chamando pelo nome dela foi ouvida dentro do quarto no momento em que ela estava no banheiro. Anne estava ficando enlouquecida por causa de Phillips. Mas, ela o conhecia bem pouco, porém, decidiu que se ele voltasse em seu sonho, ela falaria com ele e o pediria para parar de aparecer durante o dia. E às 23h40min daquela mesma noite, ela ainda estava presente na varanda do seu quarto, observando as estrelas e quando olhou para a estrela que brilhava no alto do céu, ela fechou os olhos e mais uma vez a mágica aconteceu, ele, Jack Phillips, estava lá sorrindo. Porém, ele desapareceu quando a mesma abriu os olhos e procurou mais uma vez pelo rapaz, que não estava lá. Anne ainda não havia superado a morte de Jack e em quase todas as noites, chorava pela perda dele. Ela queria que o mesmo voltasse, mas isso era impossível. E ali, naquela varanda, ela chorou pela morte dele e ao olhar para a estrela, chorou mais ainda.
— Ouça querido, mandei o vento dizer... — Ela fechou os olhos, enquanto algumas lágrimas caíam dos mesmos e fez uma pausa. — O quanto eu amo você!
E depois daquilo, o corpo dela estremeceu e sentiu calafrios, como se ele estivesse por ali ou ao lado dela. Porém, ela não o via. Laura ainda sofria por ele e chegou até mesmo a cogitar suicídio, mas lembrou-se de Simbad, dos seus irmãos e do seu próprio pai que morrera atropelado em sua frente e que lhe dera a companhia para ela. Portanto, não podia desistir e nem quebrar a promessa que fizera a ele. Então, ela decidiu continuar com a sua vida.
Passou-se a madrugada e logo amanheceu o dia 20 de Abril de 1912, onde na cidade de Nova Iorque, nasceu o sol belo e maravilhoso e iluminando toda a cidade americana. Mas, alguém ainda encontrava-se deitada em sua cama, enrolada com diversos cobertores. Sim, era ela. Anne Laura Peterson. A herdeira e presidente da Peterson Animations & Company. Que logo despertou do seu sono e observou os primeiros raios de sol iluminarem o quarto, depois, olhou para a janela e admirou-se com alguns passarinhos cantando no corrimão da varanda. Com um sorriso fraco, sentou-se na beirada da cama e esfregou os olhos, depois levantou-se e saiu da cama, espreguiçou-se e caminhou por alguns metros até ver um cartão branco perto da porta. Ela franziu o cenho e abaixou-se pegando o papel – que por sinal estava dobrado como se fosse um bilhete ou carta. Ela abriu o mesmo e começou a ler o que nele estava escrito:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Códigos do Amor
FanfictionCapa feita por: @anneslia . . . Anne e John Phillips se conheceram por acaso, e pelo mesmo acaso foram separados, mantendo-se longe durante anos. Porém, a bordo do RMS Titanic e em meio as suas tribulações pessoais, os jovens se encontraram, reacend...