Capítulo 52 - Reunião particular

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O caro relógio no meu pulso marcava 7;12 e eu já estava na empresa esperando pelo início da reunião, sempre odiei acordar cedo e meu humor matinal era sempre péssimo, a pouca paciência que tinha parecia ser inexistente pela manhã, mas antes Bruce marcou um horário para conversarmos sobre nossos contratos, ouço a porta bater e sabia que era ele

- Entre - digo massageando as têmporas

Adentra a sala vestindo um terno altamente caro como de costume, com alguns papéis nas mãos e um sorriso no rosto ele se senta na minha frente

- Bom dia - fala com um sorriso

- Bom é uma palavra muito forte prefiro só dia - digo me ajeitando na cadeira

- Ainda odeia acorda cedo? - da uma leve risada

- Com todas as minhas forças - o fito com um sorriso

Rimos e logo começamos a conversar sobre negociações entres nossas empresas, apesar dele ser um cara que ama ostentar e esbanjar seu dinheiro, ele é sem sombra de dúvidas o mais generoso de toda Gotham, suas contas bancárias faziam por dia inúmeras doações a lares carentes e instituições diversas, em todos os nossos encontros de negócios ele fazia tudo para me privilegiar, a Foster Industries sempre ficava com o melhor parte nem que se fosse uma diferença minúscula, mas todas as vezes estava lá, mesmo com a minha reprovação e insistência absurda para ele parar com essa mania, nunca adiantava e ele sempre ganhará no final

- Nem sei porque insisto em discutir isso com você - bufo encostando na cadeira

- Também não sei, você sabe que eu sempre ganho - ele diz vitorioso me imitando

Suspiro pesadamente e o olho para algum canta da sala

- Já preparou seu discurso para o baile de caridade?

- Meus Deus Bruce tinha até me esqueci disso! - o fito surpresa

A alguns dias aconteceria um baile para arrecadar fundos para o orfanato de Gotham, todos os anos ele acontecia, na verdade é mais uma festa para os empresários desafortunados da cidades encherem suas barrigas de caviar e champanhe, Bruce e eu somos os fundadores do orfanato e os maiores patrocinadores, então tínhamos que dar um discurso todos os anos, enquanto ele estava fora e eu jogada nas ruas quem nos cobria era Thomás e Alfred, discursavam em nosso nome com palavras de amor e alegria enquanto nós encontrávamos perdidos na desgraça, como esse ano ele estava aqui a imprensa estava louca para poder ouvir nossas voz novamente como nos velhos tempos

- Isso é uma perca de tempo - coloca ambas as mãos atrás da cabeça - A quantidade de dinheiro que é arrecado não é nem a metade que doamos todos os dias

- Concordo com você, isso é só para festejar algo que devia ser levado mais a sério - digo olhando para ele

- O que as pessoas acharam de nós se não fossemos? - ele pergunta com um sorriso de canto

- Mais esnobes e fúteis do que já pensam que somos - dou um risada curta

- Eu não ligo - ele se aproxima de mim - E se ao invés disso nós fizermos nosso próprio baile - sorri levemente malicioso

- Bom mais eu ligo para o que eles pensam de mim, só esse ano já fui chamada de viciada e amante do diabo - sorrio de canto

- Amante do digo eu gostei, ainda mais se tratando daquele... - ele diz tedioso

- Não desrespeite o Henry - o repreendo

Ele revira os olhos e me fita tedioso, a maçaneta da porta gira e Henry entra na sala sem aviso

A princesa de Gotham Onde histórias criam vida. Descubra agora