Capítulo 113 - Desespero

57 3 0
                                    

{Três meses depois}

Me encontro no sexto meses de geração, minha barriga já está relativamente grande, ela já começou a me chutar e se revirar, tudo esta tão bem, porém tem uma coisa que vem tirando o meu sono e a minha tranquilidade, Bruce voltou à ativa total do Batman, desde do dia que ele volto não consigo dormir enquanto ele chega, já tomei remédios e calmantes e nenhum deles funciona, isso vem deixar Martha cada dia mais agitada, ela senti que não estou bem e acaba descontando em mim com chutes fortes e reviradas brutas

Hoje não vai ser diferente, estou deitada na cama sentindo ela chutar como nunca, mas tem algo a mais, é uma cólica que parece fincar no meu útero tentando rasga-ló, me sento na cama sentindo aquela dor nada agradável, pego meu celular e vejo o relógio marcando 2:36, suspiro pesadamente, estou com sono, mas eu jamais conseguiria dormir mesmo se ela não estivesse se mexendo, pego um roupão de seda verde escuro ao lado e o visto, abro a primeira gaveta do criado mudo, pego um remédio do qual a Dr. Candy me receito caso tivesse dores, com dificuldade me levanto, vou até a porta do quarto e saio em seguida, caminho escorando nas paredes até chegar as escadas, com muito cuidado desço cada degraus, chego na cozinha, vou até a geladeira, pego um copo de água e bebo o remédio em seguida

- Filha por favor a mamãe está cansada - digo olhando para a minha barriga a acariciando

É tão lindo ver a seda se moldando envolta da barriga redonda, eu a amo tanto que não consigo descrever em palavras, vou até a sala de estar ao lado e me sento no sofá, esperei por um longo tempo para ver se as dores passavam, mas elas só aumentaram, estava ficando insuportável, são fincadas fortes e longas, preciso ir ao hospital, vou pedir ao Alfred me levar, me levanto com muita dificuldade, solto um gemido de dor ao começar a caminhar em direção ao escritório de Bruce, nem sei como consegui fazer a senha dos livros para ter acesso ao porão, entro no elevador e escorro na parede para não cair, o que está acontecendo? Nunca senti isso antes, estou com medo de acontecer algo com ela, é uma dor tão intensa que não consigo aguentar, logo cheguei, com múrmuros de dor vou até a ala principalmente, quando chego lá vejo Alfred e Bruce conversando entre si, ele estava com o traje do Batman, suspiro aliviada ao ver ele, quando me viu naquele estado veio correndo até mim transtornado de preocupação

- Amor o que foi?! - pergunto me segurando nas laterais dos meus quadris

- E...estou com d...dor! - gemi de dor e me apoiei em seus braços

- Vou levar você para o hospital agora - me pego no colo e me colocou em uma cadeira bem próxima - Alfred fica aqui com ela que vou trocar de roupa em um segundo - falou indo em direção a parte de trás do porão

Alfred veio até minha e pego na minha mão enquanto gemia de dor

- Calma Senhora Wayne - falou atencioso - Vai ficar tudo bem - tentou me tranquilizar

- A...Alfred s...será que tem a...algo de errado com e...ela?! - digo com os olhos cheios de medo

- Claro que não, vai dar tudo certo, a pequena Martha está bem - ao fundo dos seus olhos também tinha medo

Bruce retorno vestido com uma calça social e uma camisa posta na presa

- Vamos doçura - pego minha mão leve e me levantou da cadeira

Assim que fiquei de pé senti algo quente escorrer entre minhas coxas, no meus instante olho para baixo e vejo sangue escorrendo até meus tornozelos, entrei em pânico e desespero

- Bruce!!! - digo chorando vendo mais sangue descer pelas minhas pernas

- Meu Deus do céu!!! - Bruce me pegou no colo E começou a correr em direção ao elevador

Segurei forte no seu pescoço, entrou com tudo no elevador e quase quebrou os botões pra voltarmos a casa, cada sentindo parecia uma hora, o sangue manchava sua camisa deixando tudo horroroso, as dores aumentaram drasticamente me fazendo contorcer e gemer de dor a cada instante

- N...não me d...deixar f...filha!!! - choro ainda mais colocando uma das mãos na barriga

- Essa droga de elevador que não anda!!! - Bruce aperta freneticamente o botão do elevador

Finalmente o elevador chegou, correu até a garagem, me colocou dentro do carro, colocou o cinto em mim e deu partida já saindo com tudo, a cada segundo sentia mais e mais sangue pelas minhas pernas, a dor ficou ainda pior, minhas mãos rodeavam minha barriga em um ato de tentar protegê-la, chorava de medo, dor e desespero, será que vou perder a minha pequena? Tudo menos isso, prefiro morrer do que perde-lá

- Aqui é Bruce Wayne, minha esposa está com sangramento, quero todos na emergência esperando por ela!! - ordenou no telefone dirigindo atentamente

Ele dirigia na potência máxima do carro, logo ele desliga do celular, levei minhas mãos até meu ventre tocando a seda molhada, as virei para ver meus dedos encharcados de sangue, ver aquilo foi como ver a minha pequena morta nas minhas mãos, entrei em transe, meus olhos não piscavam e minha respiração ficava cada vez mais lenta, minha mente se esvaziou e foi como se meu corpo tivesse desaparecido, ao fundo escutava a voz de Bruce me chamando desesperado, mas ignorei totalmente, não conseguia fazer nada, minha voz sumiu e meus músculos se enrijeceram, porém senti uma fincada muito forte que me fez voltar a realidade

- AAAA!!! - gritei de dor agarrando minha barriga

- Calma amor estávamos chegando! - Bruce pegou na minha mão e apertou forte

Bruscamente freio e parou em frente ao hospital, se estivesse de cinto teria voado para fora, desesperado ele desceu e veio até mim que lutava para respirar, me colocou em seus braços e adentrou o prédio correndo

- Senhor Wayne a deitei aqui! - um enfermeiro disse desesperado trazendo uma maca

Bruce faz o que ele pediu no meus instante

- Levem para a sala 56! - A Dr. Candy grito ordenando os enfermeiros

As rodinhas da maca começavam a girar com rapidez Bruce os seguia ao meu lado segurando minha mão ensangüentada, seus olhos tinha pavor ao me olhar naquele estado, podia ver o medo o rodeando e a aflição de não poder fazer nada

- Amor eu te amo fica comigo! - aperto meus dedos

Sinto algo perfurar meus braços, meus olhos ficam pesados, minha respiração vai se regulando aos poucos e tudo ao meu redor ficar lento, olhando o rosto transtornado de Bruce permito meus olhos se fecharem me dando um descanso com certo alívio, ao fundo escutei vozes gritando ao meu redor, a mão de Bruce se soltou da mim a fazendo cair para fora da maca e ficar pendurada

- Senhor Wayne não pode mais acompanhá-la - um enfermeiro diz

- Kate!!! - escuto ele gritar

Depois disso não escutei mais nada, ouvindo apenas um silêncio e vendo a escuridão

A princesa de Gotham Onde histórias criam vida. Descubra agora