A princesa de Gotham

Capítulo 109 - Começo de uma família

Terminamos o jantar e agora estávamos arrumando tudo, bom na verdade era o Bruce que estava organizando as coisas, já que ele não me deixava nem chegar perto da pia

- Amor me deixa pelo menos secar os pratos - tento pegar o pano

Ele entra na frente e o pega-o escondendo atrás das costas

- Não - diz com um bico - A única coisa que você vai fazer é ficar de repouso

- Bruce só porque estou grávida não significa que sou de vidro - cruzo os braços

- Para mim você sempre foi de vidro só que agora ainda mais frágil - vai até os pratos os secando

Bufo irritada e franzo a testa

- Não tenho medo dessa cara feia - fala com debochei me olhando de relance

O ignoro e vou em direção ao nosso quarto, agora ele se tornará insuportável, logo até o chão será capaz de me machucar e vai passar a me carregar a todo instante, abro a porta do quarto e adentro o local, uma brisa deliciosa entreva pela sacada trazendo o cheiro do mar, vou até lá e me debruço sobre o parapeito de madeira, as ondas do mar se quebravam fazendo uma espuma sobre a areia branca, o céu negro estava enfeitado por inúmeras estrelas brilhantes e a lua iluminava a escuridão, sinto meu estômago se revirar e uma azia terrível sobe pela minha garganta a queimando, acho que o camarão não me fez muito bem, corro até o banheiro e levanto a tampa do vaso jogando todo meu jantar fora, alguns instantes depois escuto Bruce entrar no quarto e logo sinto meus cabelos serem erguidos por ele, assim que tudo o que estava no estômago tinha ido embora, dei descarga e peguei um pedaço de papel higiênico para limpar minha boca

- Não devia ter comido camarão amor - Bruce fala virando meu rosto para fita-ló - É uma comida muito pesada

O olhei de relance e fechei os olhos sentindo meu estômago se contorcer

- O que você está sentindo? - seu tom de voz era preocupado

- Só azia - digo abrindo os olhos

- O que você quer que eu faça? - ele diz perdido

Dou um curto sorriso ao ver ele todo atencioso tentando me ajudar com os olhos preocupados procurando me deixar o mais confortável possível

- Não precisa fazer nada amor - levo uma das minhas mãos até a lateral do seu rosto deslizando meus dedos sobre a pele bronzeada - Já estou bem - dou um sorriso suave

- É só você me dizer o que fazer que eu faço qualquer coisa - coloca sua mão sobre a minha que se encontrava no seu rosto

- Está bem querido - digo doce

- Você precisa descansar, vamos sair bem cedo amanhã - suas mãos seguram em volta do meu corpo me colocando de pé

- Como assim amor? - pergunto meio confusa

- Já arrumei tudo para irmos embora amanhã cedo, você precisa ser examinada por um médico o quanto antes - acaricia a lateral do meu rosto - Os médicos já estão nos esperando de plantão no hospital das empresas Wayne

Claro Bruce pararia a cidade toda só por causa de um simples enjoo de gravidez ou por alguns chutes desconfortáveis, não quero nem ver quando esse bebê for nascer

- Não acha um pouco de exagero colocar todos os médicos de plantão só para fazer um teste de sangue e uma consulta? - pergunto com curto sorriso

- Não acho de jeito algum, acho que vou fazer um pequeno hospital em casa só para você ter acesso 24 horas aos médicos - diz como se fosse a coisa mais normal do mundo

- Não amor, você não vai fazer isso - rio o repreendendo

- Eu só quero que vocês dois estejam bem - coloca uma das mãos sobre uma barriga

- Nós já estamos bem amor, não se preocupe tanto - sorrio boba

Se aproximou mais um pouco de mim e colou nossas testas, ele agora cuidaria de mim como se fosse uma porcelana tão frágil que só de tocar se quebra, consigo ver a felicidade estampada no seu rosto, ter um filho sempre foi algo que ele quis, acho que será um pai excepcional, vai mimar tanto essa criança que ninguém será capaz de suporta-lá

- Vou pegar alguma coisa mais leve para você comer - beija minha testa

- Não estou com fome agora - recuso

- Mas você precisa comer alguma coisa amor - se desprende do meu corpo indo até a porta do banheiro - Já volto - dá um sorrisinho antes de sair

Fecho os olhos e sorrio de leve, vou até a pia para escovar os dentes, minha boca estava com um gosto horrível e o hálito provavelmente pior, pego a escova e passo o creme dental, assim que termino, lavo o rosto e o seco com uma toalha branca que estava ao lado, assim que termino vou até o closet, pego uma camisola de seda preta e a visto, suspiro ao sentir o tecido levemente gelado escorrer pela minha pele quente, como amo ficar de pijama, fico descalça retornando ao quarto, quando entro no local vejo a porta de abrir e Bruce entrando com uma bandeja repleta de comida

- Amor não sou capaz de comer isso aí nunca - olho o exagero de comida que ele trouxe

- Você precisa comer bem amor - coloca a bandeja sobre o criado-mudo - Vem sentar aqui - se senta no beiral da cama e bate sobre o colchão pedindo para mim ir até lá

Vou até ele e me sento onde ele pediu encostando as costas nos travesseiros, olho para o lado e vejo diversas frutas picadas, uma xícara de chá e alguns biscoitinhos leves, logo ele pegou uma tijela com alguns morangos me fazendo fita-ló

- Abra a boquinha - pegou um morango e levou em direção a minha boca

- Eu consigo pegar amor - rio

- Mas eu posso fazer isso por você - ri suave - Agora coma - diz sereno

Faço o que ele pediu, abro a boca e ele colocou o morango na minha boca, estava uma delícia, ele fez isso até eu comer quase todas as coisas que estavam naquela bandeja e sinceramente caiu bem melhor no me estômago

- Obrigada amor - bebo um pouco do chá de menta - Agora estou bem melhor

- Não fiz nada mais do que minha obrigação - beija minha testa

Sorrio boba para ele, ver ele assim todo atencioso e preocupado faz meu coração derreter, é a coisa mais fofa do mundo, termino de beber o chá e o coloco sobre a bandeja, tentei pega-lá para levá-la a cozinha, mas Bruce a tomou das minhas mãos no mesmo instantes, assim que voltou nos deitamos preparados para dormir, essa seria a primeira noite em algumas semanas que não iria transar com ele, assim que me deitei ele foi até a minha barriga e a beijou por cima da seda macia

- Boa noite meu filho o papai te ama - disse acariciando meu ventre

Meus olhos ficaram marejados só de ouvir suas palavras, levo minhas mãos até aos seus cabelos e os acaricio 

- Boa noite filho a mamãe também te amo muito - sorrio grande sentindo as lágrimas de felicidade caírem dos meus olhos

Bruce olhou para mim e veio até meu rosto colando nossas testas

- Boa noite doçura, eu te amo muito - diz baixinho

- Boa noite amor, eu te amo mais - falo do mesmo jeito

Assim nos abraçamos e deitamos, agarradinhos um no outro com o nosso bebê no meio recebendo todo nosso amor e paixão