Capítulo 38 - Verdades

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|Pov. Katherine|

A luz do luar adentrava o quarto através da sacada iluminando-o, gentilmente o vento balançava as longas cortinas acinzentadas e o céu estava extremamente negro, com passos leves vou até o parapeito da sacada, o chão frio chocou-se com minha pele quentes fazendo um arrepio percorrer todo meu corpo, os primeiros flocos de neve caiam delicadamente sobre meus cabelos e meus ombros, o inverno era minha estação preferida, amava o chocolate quente e me enrolar nos grossos cobertores, o vento começa a ficar um pouco mais forte então entro novamente no quarto, porém deixo a sacada aberta, hoje colocaria meu plano em prática, descobriria quem e porque recebia as tão agonizantes visitas noturnas, vou até o closet e visto um roupão preto de seda prendendo meus cabelos em coque bagunçado, volto para o quarto em direção a cama, coloco alguns travesseiros onde deveria estar deitada, logo os cobrindo com o cobertor, em seguida vou até uma pequena prateleira de livros que ficava perto da porta, pego a pistola logo atrás de alguns livros grossos de romance, minhas mãos tremiam e soavam de ansiedade, nunca tinha feito isso e muito menos tinha atirado de verdade, tomo coragem e me direciono para-o canto atrás da entrada da sacada, assim eu poderia o pegar de surpresa

Parecia que estava ali a horas e nada, talvez estivesse louca, penso comigo mesma, suspiro em negação e desisto da maluquices que criei na minha cabeça, assim que dou alguns passos para frente, ouso alguém entrar na sacada, meu coração gela e retorno para onde estava em silêncio, o suor frio molhava minha testa e o som dos meus batimentos parecia ecoar pelo quarto, alguns instantes depois uma silhueta entra no cômodo escuro, não podia acreditar, era o Batman com sua capa esvoaçante e a máscara macabra

- Não se mexa! - digo apontando a arma sua direção

Ele fica imóvel apenas escutando minha voz

- Porque você vem me ver todas as noites?! - minhas mãos tremiam

Ele lentamente se vira para mim e seu olhar apurado se choca com meu

- Me dê a arma - diz grave estendendo o braço para mim

- Me responda! - digo com raiva - Porque você vem me ver todas as noites?!

- Porque quero ver se você se está bem - ele diz seriamente

- Porque se importa tanto comigo?! - tento esconder o tremor das minhas mãos

- Você é especial para mim - ele dá alguns passos em minha direção

- Não ouse se aproximar de mim! - dou alguns passos para trás - Se chegar mais perto eu vou atirar!

- Não tenho medo de você - ele continua lentamente vindo até mim - E você não faria isso, me dê a arma

- Porque eu faria isso?! - digo sentindo medo

- Se não me entregar vou tirá-la de você e isso será bem pior - ele parecia ter raiva na voz

- Pare! - exclamo tremendo ainda mais as mãos

Seus olhos me olhavam profundamente e seus músculos pareciam tensos, em um movimento rápido ele puxou minhas mãos para cima da minha cabeça apertando meus pulsos tão forte que parecia que queria quebrá-los, ao sentir a dor solto imediatamente a arma e ele a pela com facilidade, logo depois se afasta olhando cada detalhe da pistola, meus dedos abraçaram meus pulsos doloridos e o medo tomou cada centímetro do meu corpo, meus olhos ficaram marejados e minha respiração se acelerava cada vez mais

- Já não bastava as pílulas, você comprou uma arma! - ele disse com raiva olhando para mim - Estava pensando em tentar se matar novamente?! - praticamente grita

Meu coração quase parou ao ouvir suas palavras, disse coisas que não tinha como ele saber, minha mente ficou tão bagunçada que não conseguia formular nada

A princesa de Gotham Onde histórias criam vida. Descubra agora